França vive noite "mais calma" de protestos. Bombeiro morre a combater incêndio

CNN Portugal , BCE
3 jul 2023, 09:06

Mais de 150 pessoas foram detidas esta noite, um número bastante mais baixo do que o registado na noite de sábado, quando o Ministério do Interior deu conta de 700 detenções

Pelo menos 157 detenções, 352 incêndios na via pública, 297 automóveis queimados e 34 danos verificados nas infraestruturas. Foi assim que terminou a sexta noite de protestos em França, após a morte de um jovem de 17 anos, morto a tiro por um polícia num controlo de trânsito, na terça-feira passada.

A imprensa francesa diz mesmo que esta foi uma noite "mais calma" em comparação com as anteriores e os números de detenções confirmam precisamente isso. É que no sábado à noite foram registadas mais de 700 detenções, enquanto na sexta-feira foram detidas 1.300 pessoas na sequência dos protestos que têm vindo a assolar o país e que obrigaram mesmo o presidente Emmanuel Macron a adiar uma visita de Estado que tinha prevista para esta semana.

Esta manhã, o ministro francês do Interior lamentou a morte de um bombeiro de 24 anos quando combatia um fogo na via pública, em Saint-Denis, Paris. Numa publicação divulgada na sua conta oficial do Twitter, o ministro indicou que o jovem bombeiro morreu "enquanto combatia um incêndio que atingia vários veículos num parque estacionamento subterrâneo" naquela zona. Até ao momento, não foi feita qualquer ligação oficial entre a morte do bombeiro e os protestos. Citada pelo jornal francês Libération, a polícia adiantou que foi aberta uma investigação para apurar a origem do incêndio.

Os tumultos surgiram na sequência da morte de um jovem de 17 anos, que foi morto a tiro por um agente da polícia quando tentava fugir de um posto de controlo policial em Nanterre, nos arredores de Paris.

As imagens da violência, registadas por testemunhas, provocaram uma forte indignação em França, que degenerou em tumultos, especialmente nos bairros populares das grandes cidades e na cintura metropolitana de Paris.

Como resposta, o Governo francês destacou na sexta-feira cerca de 45.000 polícias para todo o país para tentar controlar a violência, mas os tumultos não cessaram, com os manifestantes a saírem às ruas e a destruírem carros e outras propriedades e infraestruturas na via pública. No sábado, um grupo de manifestantes atacou a residência de um autarca de uma pequena cidade nos subúrbios da capital francesa. Esta noite, de acordo com dados oficiais citados pela Reuters, três dos 45.000 polícias destacados acabaram feridos.

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