"Passadeira vermelha" para ambos brilharem. As notas de Rui Calafate e Luís Paixão Martins do debate entre Mariana Mortágua e Rui Tavares

CNN Portugal , Por Rui Calafate e Luís Paixão Martins
8 fev, 19:51

Debate entre líderes de dois partidos a disputar o mesmo eleitorado

O debate da “deflação”. Foi assim que Luís Paixão Martins viu o frente a frente de Mariana Mortágua e Rui Tavares, transmitido pela SIC Notícias.

O comentador da CNN Portugal deixa uma nota 4 à coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, atribuindo um 6 ao porta-voz do Livre. Fica abaixo o comentário de Luís Paixão Martins:

É o 1º exercício flagrante de deflação nesta série de debates pré-eleitorais. Mortágua evitou confirmar a veracidade da invocação da avó feita no frente-a-frente com Montenegro. A jornalista insistiu três vezes na confirmação e em todas elas obteve uma deflação. Este episódio condiciona a notação. Tavares esforçou-se para afirmar o seu objetivo de atrair eleitores de várias famílias políticas, mas insistiu numa narrativa de banda curta. Bloco e Livre disputam o mesmo território eleitoral, um nicho à esquerda do PS que valerá entre 5 e (para os otimistas) 10 mandatos parlamentares. Apesar disso, o debate não foi confrontacional.

Rui Calafate concorda na vitória de Rui Tavares, atribuindo-lhe uma nota 7, enquanto Mariana Mortágua se fica pelo 6. Fica abaixo o comentário de Rui Calafate:

Foi uma conversa amigável em que Mariana Mortágua  e Rui Tavares esticaram mutuamente a passadeira vermelha para ambos terem a oportunidade de brilhar e mostrar no mercado eleitoral ideias de esquerda. A tal que precisa de crescer para BE e Livre terem oportunidade de serem ouvidos numa solução governativa. Podia ter sido um debate empatado, para lá de em certas partes algo monótono, mas atribuo menos um ponto a Mariana Mortágua pelo assunto da avó que não soube matar explicando-o bem.

Quanto às frases do debate, Luís Paixão Martins destaca uma de Rui Tavares: “Seria insuficiente se os partidos de esquerda estivessem só a disputar o eleitorado uns aos outros”.

Também Rui Calafate escolheu uma frase do líder do Livre: “A esquerda precisa de crescer”.

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