Montenegro promete que não vai pedir maioria mas vai pedir grãos. E corrige Rui Rocha

4 mar, 14:09
Luís Montenegro, AD, PSD (Lusa)

Candidato da IL acusou o líder da AD de andar a fazer chantagem

Luís Montenegro fez esta segunda-feira uma promessa: não vai pedir a maioria absoluta durante a campanha.“Eu não vou pedir nenhuma maioria, eu vou pedir votos”, referiu durante uma arruada em Chaves. “Eu gosto de olhar para a relação entre os eleitores e os candidatos numa perspetiva individual, lutarei voto a voto para ter o maior número de votos.”

Em vez de pedir uma maioria, Montenegro prefere sublinhar que está ao seu alcance, “grão a grão”, “a conquista de um governo estável com todas as condições de estabilidade e governabilidade”. “Para isso, temos feito um apelo para que as pessoas que querem um novo governo possam utilizar o seu voto para promoverem essa mudança, para não acordarem dia 11 com a manutenção do Partido Socialista.”

O candidato da Aliança Democrática respondeu também a Pedro Nuno Santos - que, numa ação de campanha na estação de São Bento, disse não antever uma maioria de direita. “Da voz dele não era de esperar outra coisa, mas creio que irá confrontar-se com outra realidade no dia 10 de março.”

Montenegro, que dedicou mais tempo do que o habitual a responder às perguntas dos jornalistas, refletiu também sobre as acusações de chantagear os portugueses com apelos ao voto útil que Rui Rocha, candidato da Iniciativa Liberal, lhe tem dirigido. 

“Evidentemente nós temos feito um apelo às pessoas que querem um governo novo para que possam utilizar o seu voto de maneira a promover essa mudança”, sublinhou, acrescentando que “são fatores que damos às pessoas e cada pessoa decide por si, eu não acredito em nenhum tipo de chantagem sobre as pessoas”.

Já sobre possíveis negociações com a Iniciativa Liberal após as eleições, o presidente do PSD reforçou também não estar “interessado em grandes considerações sobre o jogo político partidário que se vai fazer sempre em função dos resultados”. O que o preocupa, salienta, “é termos um programa de mudança”. 

“As pessoas querem mudanças na saúde, na educação, na habitação, querem uma economia mais forte, não querem ver as suas famílias divididas e os jovens irem para o exterior à procura de uma oportunidade de governo”. Isso, apela, “faz-se escolhendo um governo novo e o governo que é a alternativa ao socialista é o da Aliança Democrática”.

No final da arruada, Montenegro subiu ao banco de um jardim e pediu uma “vitória inequívoca” para a Aliança Democrática. “Está em marcha uma mudança política em Portugal e uma vitória inequívoca da AD no domingo, para isso é preciso levar toda a gente a votar”.

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