Sporting B-Benfica B, 2-1 (os miúdos que vale a pena seguir)

17 abr 2016, 17:56
Matheus Pereira

Podence, ou a classe de 95 a fazer-se notar em Alcochete

Figura: Podence (Sporting)

O miúdo voltou a ser o agitador de serviço. Está cada vez mais confiante, mais afirmativo, e isso reflete-se no futebol. Rápido, imaginativo, lutador, coloca velocidade e irrequietude no jogo. Esteve na origem do penálti, que valeu o primeiro golo, por exemplo, assistiu com um passe admirável o segundo golo e por duas vezes ficou muito perto do golo: em ambas atirou muito perto do poste.

Positivo: Matheus Pereira (Sporting)

Regressou à equipa B para fazer a diferença no dérbi, e efetivamente fê-la. Basta dizer que fez os dois golos do triunfo, o primeiro na marcação de um penálti e o segundo na finalização de uma jogada de contra-ataque em que foi isolado por Podence. Colocado como jogador mais avançado, teve liberdade para pisar todo o ataque e ainda serviu Podence e Gauld para remates perigosos.

Negativo: Diogo Gonçalves (Benfica)

É uma das maiores promessas do futebol do Benfica e não é por um jogo menos conseguido que o vai deixar de ser. Mas este foi realmente um jogo menos conseguido. Começou no centro do ataque, descaiu para a esquerda, mas esteve sempre discreto, não conseguindo pegar na bola e furar, como é típico de um desequilibrador como ele. Pelo meio ainda falhou um penálti. Um dia para esquecer.

OUTROS DESTAQUES:

Kikas (Sporting)

Excelente jogo do trinco, uma formiguinha no meio-campo. Inteligente a ler o jogo, preocupou-se em fazer compensações e preencher os espaços, dando liberdade aos colegas para se lançarem para o ataque. Talvez por ser o mais velho, foi também a voz de comando que organizou a equipa.

Ryan Gauld (Sporting)

Um jogo de muita classe do jovem escocês. Foi o jogador que mais transportou a bola no futebol leonino, aproveitando o facto de agora ser o box-to-box desta equipa, entregando-a sempre jogável. Pelo meio, e logo no início da partida, ainda ameaçou abrir o marcador num remate a rasar o poste.

Stojkovic (Sporting)

Não teve praticamente um jogo de muito trabalho, o Benfica raramente conseguiu rematar, mas quando o fez encontrou pela frente um guarda-redes inspirado: primeiro parou o penálti de Diogo Gonçalves com uma excelente tirada, depois defendeu um desvio de Ruben Dias à boca da baliza.

João Carvalho (Benfica)

Foi o melhor do Benfica. Colocado no meio, no apoio ao ataque, fartou-se de correr, de defender e de atacar, mas não é por isso que merece este destaque: é sobretudo porque foi o único que teve clarividência para tocar a bola e jogar futebol, sempre de cabeça levantada. Promissor, sem dúvida.

Saponjic (Benfica)

Surpreendentemente ficou no banco e a equipa perdeu uma referência de ataque que nunca teve. Entrou a quinze minutos do fim, quando o resultado já estava feito, e acabou por mostrar que as coisas podiam ter sido diferentes: foi lançado pela direita do ataque e atirou para o golo encarnado.

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