Coreia do Norte lança dois mísseis balísticos na direção do mar do Japão

Agência Lusa , AM
1 jul, 06:09
Missil balístico da Coreia do Norte (Korea Central News Agency/Korea News Service via PA)

Forças armadas dos Estados Unidos, o Japão e a República da Coreia realizaram, entre quinta-feira e sábado, as manobras "Freedom edge" nas águas a sul da ilha sul-coreana de Jeju

A Coreia do Norte lançou hoje dois mísseis balísticos na direção do mar do Japão, disse o exército sul-coreano, no segundo lançamento em menos de uma semana.

"As nossas forças armadas detetaram dois mísseis balísticos lançados na direção nordeste às 05:05 e às 05:15 (21:05 e 21:15 de domingo em Lisboa) a partir da zona de Jangyeon, na província de Hwanghae do Sul", declarou o Estado-Maior Conjunto sul-coreano, em comunicado.

O projétil lançado em primeiro lugar voou cerca de 600 quilómetros, enquanto o segundo percorreu cerca de 120 quilómetros, indicaram as autoridades sul-coreanas.

"As especificações estão a ser cuidadosamente analisadas" pelos serviços secretos militares sul-coreanos e norte-americanos, acrescentaram.

Estes lançamentos podem ser uma resposta às manobras efetuadas na semana passada pela Coreia do Sul, pelo Japão e pelos EUA, que Pyongyang condenou veementemente, alertando para "consequências fatais".

"Condenamos veementemente os Estados Unidos, o Japão e a República da Coreia [nome oficial da Coreia do Sul] pelas repetidas demonstrações militares imprudentes e provocadoras contra a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte] e outros Estados independentes da região e, mais uma vez, alertamos seriamente para consequências fatais", de acordo com um editorial publicado no domingo pela agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

As forças armadas dos três países realizaram, entre quinta-feira e sábado, as manobras "Freedom edge" nas águas a sul da ilha sul-coreana de Jeju.

O texto da KCNA de domingo denunciava o acordo entre os líderes dos três países, no verão passado, para a realização dos exercícios, referindo que "fazia lembrar o princípio de defesa coletiva da NATO, no qual é exigida a mobilização das capacidades de defesa se um país-membro for atacado".

Na semana passada, a Coreia do Norte e a Rússia assinaram um novo acordo de parceria estratégica, com uma cláusula de assistência militar mútua em caso de agressão, num pacto que suscitou preocupações quanto à possibilidade de aprofundar a cooperação militar entre os dois Estados.

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