Champions: FC Porto-Inter, 0-0 (destaques)

Sérgio Pires , Estádio do Dragão, Porto
14 mar 2023, 22:47
FC Porto-Inter (Photo by MIGUEL RIOPA/AFP via Getty Images)

Três suspiros finais antes das lágrimas de Grujic

FIGURA: Marko Grujic

As suas lágrimas no fim espelham a desilusão com que o FC Porto viveu esta eliminação da grande prova europeia. Grujic fez um jogo em crescendo e merecia mais. Mesmo sendo um médio de tração atrás, foi o internacional sérvio muitas vezes a empurrar o FC Porto para a frente. Dentro de campo, mas também a puxar pelo público nas bancadas. Imponente nos lances pelo ar, empenhado nas divididas, faltou-lhe o golo. Aos 75m fez o Dragão ensaiar o desejado grito quando rematou rasteiro à baliza de Onana. Aos 90m+5 atirou à barra num lance inacreditável, em que os dragões estiveram por três vezes na iminência de marcar.

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MOMENTO: minuto 90+5. Três suspiros finais

Um, dois, três suspiros finais. A imagem mais fiel do dragão a cair de pé é a forma inacreditável como o golo esteve a centímetros nos derradeiros momentos do jogo. Cinco minutos depois dos 90 e o Dragão quase festejou o merecido golo perante um Inter que acabou por defender com unhas e dentes o 1-0 trazido de Milão. Dumfries salvou quase sobre a linha um remate de Marcano, de seguida Taremi atirou ao poste e na sequência Grujic acertou na trave. Quanta infelicidade…

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OUTROS DESTAQUES:

Pepê

Tanto talento desperdiçado. A lesão de João Mário obrigou Conceição a adaptá-lo ao lado direito da defesa, mas a manta é curta e a criatividade do brasileiro fazia falta lá na frente. Pepê driblava, deixava um adversário para trás, porém, por vezes ainda lhe faltavam 30 ou 40 metros para correr. A sua imprevisibilidade poderia desbloquear no último terço, mas a falta de soluções do FC Porto obrigou ao sacrifício durante demasiado tempo. Levando-o por vezes a perder a bola em zonas críticas. A fazer lembrar Corona, quando o mexicano chegou a jogar no lado direito da defesa. Acabou expulso nos minutos finais por acumulação de cartões amarelos.

Marcano

Sem Pepe, coube ao espanhol o papel de esteio de uma defesa que nem sempre revelou a maior tranquilidade. Marcano segurou as pontas lá atrás, com Fábio Cardoso que também teve uma exibição positiva, e à medida que o relógio avançou a apareceu em zonas de finalização. Aos 95m quase era premiado, não fosse Dumfries salvar quase sobre a linha.

Galeno

A falta de imaginação do ataque portista era disfarçada por vezes com as suas arrancadas. A velocidade de Galeno era garantia de deixar a defensiva italiana em alerta amarelo. Faltou capacidade para finalizar com maior precisão.  

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Barella

O melhor do Inter. Aliás, dos poucos que mantiveram os olhos na baliza de Diogo Costa. Barella mostrou qualidade técnica, boa leitura de jogo e sempre que possível visou a baliza portista. Uma boa exibição do internacional italiano.

Onana

O bloco defensivo do Inter quase ruía como um castelo de cartas nos momentos finais da partida. O assalto derradeiro do FC Porto encontrou pela frente Onana como último resistente. Não é por acaso que o internacional camaronês é o dono da baliza do Inter, acabando por deixar no banco outro guarda-redes de qualidade, como é o caso de Handanovic. Esta noite, Onana foi determinante para manter o nulo no marcador.

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