A propósito de notícias sobre entradas e saídas O presidente do Boavista desconfia da intenção das notícias que versam sobre o interesse do Corunha em Litos ou a propósito da cobiça do Benfica em Jorge Silva e, entre linhas, detecta a desestabilização como objectivo, igualmente extensivo aos rumores que dão Rafael como certo no Bessa. E avisa: «Tirem o cavalinho da chuva».
João Loureiro desconfia da veracidade e da intenção das notícias que aproximam, por exemplo, Litos do Corunha ou Jorge Silva do Benfica, suspeitando que, por detrás do pretenso interesse, estejam motivações menos claras, para as quais crê que o plantel do Boavista há muito se preparou.
Já ao princípio da noite de hoje, ainda no Bessa, o presidente do Conselho de Administração da Boavista, SAD admitiu como «natural» o «interesse de clubes maiores em jogadores do Boavista». João Loureiro apoiava-se na «excelente época» da equipa para sustentar a tese, embora reconhecendo a hipótese de a veiculação da cobiça transportar consigo segundas intenções: «Já cá andamos há algum tempo e também sabemos que muitas vezes essas situações não correspondem à realidade e visam apenas mexer com os jogadores em termos psicológicos». Nada, contudo, que não tivesse justificado ainda a presença do presidente no balneário. «Felizmente», disse, «já estamos bem vacinados para essas situações, pelo que, se é esse o objectivo, tenho a certeza de que nada vão conseguir».
Se o interesse é genuíno, João Loureiro não sabe ao certo. Limita-se a desconfiar, sem fechar as portas à conversação, sendo certo que a gestão dos últimos anos não o dispensa de «vender um ou dois jogadores» no final de cada época. «A acontecer», ponderou, «nenhuma transferência será negociada por mim antes de termos a classificação final definida, pelo que o que se ler, daqui até lá, é mera especulação».
O expirar próximo dos vínculos com Moreira e Rui Bento, sem que qualquer um deles tenha renovado contrato entretanto, também não merece a apreensão de João Loureiro. «Não tenho novidades nem ninguém tente criar dessas situações nenhum caso, porque também não conseguirá afectar-nos», avisou. «Não é nada que me esteja a preocupar neste momento e o futuro responderá por mim».
Com a aproximação do final da época e a inevitável reformulação do plantel, Loureiro admitiu que «haverá sempre uma ou outra contratação», para além do reforço natural com o regresso de alguns jogadores que rodam noutros clubes. Como é hábito, o presidente nega-se a cometer excessos: «Se pudessemos até o João Vieira Pinto tínhamos, só que aqui tudo acontece dentro do máximo rigor e não haverá, também neste aspecto, qualquer precipitação».
«Não vale a pena criar casos onde eles não existem», advertiu, por fim, João Loureiro. Falava já sobre o pretenso interesse do Boavista em Rafael, do Paços do Ferreira, mas sem nunca pronunciar o nome do avançado brasileiro. «Quem tentar só nos dará mais força para mostrarmos as nossas qualidades em campo. Quem pensa que nos desestabiliza com notícias, que tire o cavalinho da chuva, porque não vai conseguir, como também não conseguirá afectar as nossas relações com outros clubes, designadamente o Paços de Ferreira, cujo presidente muito admiro e com quem tenho um excelente relacionamento pessoal», concluiu. «Ele sabe bem que o Boavista jamais contrataria qualquer jogador da sua equipa sem falar com ele».
