Schmidt: «Parabéns ao Inter, foi uma vitória merecida para eles»

3 out 2023, 23:48

Treinador explica quebra do Benfica e opção de jogar sem um ponta de lança em San Siro

Roger Schmidt, treinador do Benfica, em conferência de imprensa, depois da derrota diante do Inter Milão (0-1), em San Siro, em jogo da segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões:

- Antes de mais, parabéns ao Inter, no cômputo geral foi uma vitória merecida para eles, criaram mais oportunidades. Penso que o jogo divide-se em duas partes. Na primeira estivemos bem, tivemos uma grande oportunidade pelo Fredrik Aursnes. Também tivemos um penálti cem por cento certo quando o Barella fez falta sobre o David Neres. O Inter não teve oportunidades claras na primeira parte, mas na segunda mudou, colocou-nos sob pressão, o que é normal quando se defronta o Inter. Nesta segunda parte perdemos muitas bolas fáceis e eles aproveitaram as transições para criar oportunidades. O Trubin foi-nos mantendo no jogo até ao fim, mas temos de aceitar a derrota.

O Benfica desapareceu na segunda parte, mas só fez alterações depois do golo do Inter. Porquê?

- Há sempre fases do jogo e é sempre expetável estares sob pressão quando defrontas o Inter. Achei que tínhamos de resistir a essa pressão. Eles conseguiram criar algumas oportunidades, o que também é normal quando se joga aqui. Tínhamos jogadores no campo que podiam tirar proveito desses momentos para tirar partido da velocidade do David Neres, do Rafa e do Ángel [Di María]. Desperdiçamos momentos na primeira parte, podíamos ter tirado melhor partido da posse de bola e esperar para tomar melhores decisões e aproveitar os espaços na frente. Para mim, não havia necessidade de fazer mudanças antes. Depois do golo e depois da lesão do Ángel precisávamos de um perfil diferente na frente com o Petar [Musa] e com o Arthur [Cabral]. Como já disse, foi uma vitória merecida do Inter, mas na primeira parte podíamos ter mudado um pouco a história do jogo.

Porque é jogou aqui sem um ponta-de-lança?

- Queria jogar na frente com avançados muito rápidos em vez de um avançado centro, um número 9, porque pensámos que podíamos ter bons momentos com bola e tirar proveito da velocidade dos nossos jogadores para criarmos, nas transições, boas situações de ataque. Penso que conseguimos criar estes momentos, podiam ter sido melhores. Fomos perdulários, estivemos um pouco nervosos quando recuperávamos a bola, jogávamos demasiado rápido na frente antes dos avançados estarem prontos para atacar os espaços, mas na primeira parte fiquei satisfeito com a exibição. Fomos estáveis na defesa e conseguimos criar algumas oportunidades, como já disse. A abordagem foi boa.

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