Pitta e Cunha: «Fiquei chocado com alguns actos da anterior direcção»

2 nov 2000, 19:34

Novo presidente da Assembleia Geral do Benfica não quis revelar pormenores

Pinto e Cunha, o novo presidente da Assembleia Geral do Benfica, manifestou-se «chocado» com alguns actos da anterior direcção sem querer especificá-los. O novo dirigente considera, no entanto, que a realização de uma nova assembleia geral já não é tão urgente. 

A existência de salários em atraso parece ser um dos problemas prioritários a resolver pela nova direcção. «Como presidente da Assembleia Geral não me pronuncio sobre problemas financeiros. Mas parto do princípio que a direcção já está a resolver essa situação. Parece que tem sido uma situação normal até aqui mas vai ter que deixar de o ser. Agora, não se pode resolver tudo de uma vez...», explicou Pinto e Cunha. 

A direcção de Vilarinho tinha prevista uma assembleia geral de sócios para quinze dias depois das eleições. Mas agora parece que o carácter de urgência dexou de fazer sentido. «Essa urgência aplicava-se caso houvesse alguma dificuldade inerente à transmissão das acções da SAD por parte da anterior direcção. Essa questão já não se põe». 

No entanto, até ao final do ano deverá realizar-se uma assembleia geral para propor aos sócios um novo projecto de SAD que seja controlado maioritariamente pelo clube. «Vamos esperar pelos resultados da auditoria para depois os divulgarmos, em conferência de imprensa, aos sócios. Desta forma, Vilarinho terá mais tempo para apresentar um projecto estruturado aos sócios. No entanto, até ao final do ano deverá haver uma assembleia geral».  

Do Brasil chegam notícias que o Fluminense terá recuado na venda de Roger mas Pinto e Cunha continua a acreditar na inscrição do jogador em Dezembro. «Não conheço o acordo mas espero que os interesses do Benfica estejam salvaguardados. Foi uma das promessas nas eleições e Vilarinho é um empresário experiente, sabe o que faz». 

Pinto e Cunha revelou ainda que a nova direcção vai lançar uma campanha para o regresso de muitos sócios que abandonaram o clube durante a vigência da anterior direcção. Para o efeito, está prevista a isenção de jóia aos novos sócios.

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