Benfica-Casa Pia, 1-1 (destaques)

Rafael Vaz , Estádio da Luz, Lisboa
28 out 2023, 20:53

Gaizka Larrazabal, o fantasma da Luz

A FIGURA: Gaizka Larrazabal

O Casa Pia já tinha um ala esquerdo acima da média, com Leonardo Lelo, e esta temporada ficou com um do mesmo nível do lado oposto. Defensivamente, Gaizka Larrazabal até teve sorte, pois o Benfica usou e abusou dos ataques no lado direito do ataque. Ainda assim, sempre que foi chamado, mostrou competência. Os gansos soltaram-se na segunda parte à procura do empate, e com isso soltou-se Larrazabal, principalmente a partir do momento em que Schmidt lançou Jurásek. O lateral espanhol aproveitou a pouca astúcia defensiva do checo para avançar no terreno e numa dessas incursões, marcou mesmo. Decisivo.

O MOMENTO: Larrazabal, o golo do fantasma da Luz, minuto 81

O Benfica estava em vantagem há quase uma parte inteira, mas tardava em «matar» o jogo. numa equipa insegura como são os encarnados, isso pode ser fatal. E foi. Larrazabal aproveitou a desatenção de Jurásek e bateu Trubin, num lance em que o guarda-redes ucraniano também não fica isento de culpas.

OUTROS DESTAQUES

Zolotic

Que exibição do defesa central do Casa Pia. A jogar no eixo da defesa, bem pode dizer-se que foi quase tudo de Zolotic. Não se intimidou com a presença de um avançado forte fisicamente como Arthur Cabral e ganhou vários duelos ao brasileiro. A juntar a isso, apagou vários «fogos» criados pelo ataque do Benfica e com bola também se mostrou muito útil, a jogar muitas vezes até como o elemento mais adiantado do trio defensivo do Casa Pia no momento de construção.

Leonardo Lelo

Bem se pode dizer que Lelo acompanhou a exibição de Larrazabal. Foi dele o primeiro aviso do Casa Pia – e do jogo, diga-se –, num momento ofensivo em que «invadiu» a área contrária. De resto, foi o lateral competentíssimo que se sabe que é. Com bola quase sempre muito assertivo e sem ela também esteve sempre concentrado.

Florentino Luís

Roger Schmidt tinha deixado algumas críticas ao nível recente de Florentino na véspera, mas ainda assim, deu-lhe a oportunidade de ocupar a vaga deixada em aberto pelo lesionado Kökcü. E aproveitou-a, diga-se. Apesar de nem sempre brilhante, mostrou-se muito disponível com bola, mas foi no momento defensivo que se destacou, como quase sempre. Impecável nos desarmes, deu uma maior robustez ao meio-campo encarnado – algo que tem faltado esta época – e só ficou com a exibição manchada devido ao penálti que cometeu no início da segunda parte, num lance que podia bem ter sido evitado.

João Neves

Não fez a exibição de maior inspiração desde que está na equipa principal, mas João Neves voltou a ser um dos elementos em maior destaque do Benfica. Curiosamente, até subiu de rendimento quando a equipa desceu de nível, na segunda parte. Após o golo do empate, foi visível a vontade que teve em levar o Benfica para a frente, em busca de nova vantagem. Que carisma tem este miúdo.

Arthur Cabral

Começa a ser um caso bicudo, o de Arthur Cabral. A amigdalite de Musa levou-o para o onze titular, mas o avançado brasileiro voltou a não aproveitar a oportunidade. Arthur tenta e mostra bons pormenores, mas as coisas estão definitivamente a não correr bem e já se nota alguma impaciência das bancadas da Luz. E o terceiro anel não costuma perdoar…

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