Presidente da República e primeiro-ministro condenam "ataques racistas" no Porto e sublinham "tolerância zero ao ódio e violência xenófoba"

CNN Portugal , com LUSA
4 mai, 18:50

Antes, Luís Montenegro já tinha condenado os “ataques racistas” contra imigrantes no Porto, sublinhando a “tolerância zero ao ódio e violência xenófoba” em Portugal

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, condenaram este sábado os ataques racistas contra imigrantes no Porto.

Numa nota enviada pela Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa "sublinha a veemente condenação da violência racial e da xenofobia, práticas sem lugar na sociedade portuguesa" e "exprime a sua solidariedade" às vítimas dos ataques.

Marcelo Rebelo de Sousa aproveita ainda para agradecer às forças de segurança "a rápida intervenção" e transmite "o voto de confiança na defesa do Estado de Direito e dos Direitos Humanos, certo que se manterão atentas ao seu respeito".

Antes, Luís Montenegro já tinha condenado, em seu nome e do Governo, os “ataques racistas” contra imigrantes no Porto e defendeu que deve existir “tolerância zero ao ódio e violência xenófoba”.

“Condeno veementemente, em meu nome pessoal e do Governo português, os ataques racistas desta noite no Porto”, escreveu o chefe de Governo na sua conta oficial na rede social X (antigo Twitter), expressando “solidariedade com as vítimas".

Luís Montenegro reafirmou “tolerância zero ao ódio e violência xenófoba” e elogiou “o trabalho das forças de segurança”.

Já em declarações aos jornalistas, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, condenou o que classificou como um "infame ataque" contra imigrantes e defendeu que estes comportamentos "não são admissíveis" para o Governo. 

"Este ataque não representa o povo português", frisou.

Do lado do PS, secretário-geral, Pedro Nuno Santos, também condenou as agressões e acusou a extrema-direita de incentivar o ódio, difundindo mentiras.

Em declarações aos jornalistas depois da sua intervenção nas comemorações do 50.° aniversário da Juventude Socialista (JS), o secretário-geral do PS foi questionado sobre a violência contra imigrantes que se registou na última noite, no Porto.

"Desde logo, condenar de forma veemente, sem hesitação, e apelar ao combate a todas as formas de violência. É de facto preocupante, é mesmo até assustador e não acontece só em Portugal", afirmou, no concelho de Almada, distrito de Setúbal.

Pedro Nuno Santos considerou existir "um discurso e uma atmosfera que incita ao ódio, à divisão, ao ressentimento", o que "torna o terreno fértil depois para a violência", que tem de ser "combatida sem hesitação".

Também numa publicação na rede social X, a coordenadora do BE pediu uma “punição exemplar dos agressores”, defendendo “nem um dia de silêncio contra a política de ódio”.

Mariana Mortágua considerou que “quando o racismo flui no parlamento, a violência flui até às ruas”.

“Quem censura a memória do colonialismo abre a porta à violência no presente”, escreveu a bloquista.

Também no X, a porta-voz do PAN repudiou “os atos de xenofobia e racismo que ocorreram ontem [sexta-feira], na cidade do Porto, bem como o planeamento de assassinato de uma pessoa em situação de sem-abrigo e a sua transmissão em direto”.

“O ódio não representa os valores humanistas da nossa sociedade”, salientou Inês de Sousa Real.

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