António Costa acusa PSD de dar dito por não dito com promessa de baixar o IRS

Agência Lusa , MJC
25 jun 2023, 22:03
O secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, intervém no jantar que marca a início das Jornadas Parlamentares do PS (Lusa/Homem de Gouveia)

“A oposição só quer discutir ‘fait divers’, casos e casinhos”, disse o líder socialista e primeiro-ministro, afirmando que é o PS que apresenta soluções e reformas

O líder do PS, António Costa, acusou este domingo, no Funchal, as oposições de só quererem “discutir ‘fait divers’, casos e casinhos” e o PSD de dar o dito por não dito na promessa de descer o IRS.

Em tom de comício, no jantar de abertura das jornadas parlamentares do PS, em ambiente de pré-campanha do PS-Madeira para as eleições regionais no arquipélago, Costa acusou PSD e restante oposição de fugir a “debater os problemas de fundo do país” e fugir a “apresentar alternativas” ao PS.

“A oposição só quer discutir ‘fait divers’, casos e casinhos”, disse o líder socialista e primeiro-ministro, afirmando que é o PS que apresenta soluções e reformas.

Numa região autónoma governada à direita, por um governo PSD/CDS-PP, António Costa criticou também os sociais-democratas por darem o “dito pelo não dito” e defenderem agora a baixa do IRS quando, há dois anos, era Rui Rio líder do partido, a opção ser a baixa do IRC, remetendo a quebra no IRS “se as contas estivessem bem”, “lá para 2025 ou 2026”.

“Só em 2023, o IRS a pagar pelas famílias vai baixar quase tanto como os 800 milhões que o PSD prometia baixar lá para 2025 e 2026”, disse ainda.

Os sociais-democratas, insistiu, podem “dar o dito por não dito”, mas “o guru” económico de Rui Rio, do “PSD mau”, é o mesmo de Luís Montenegro e do “PSD bom” – o economista e líder parlamentar Miranda Sarmento.

O líder do PS e primeiro-ministro admitiu que o Governo pode “não ter conseguido fazer tudo”, nem conseguido “chegar a todos”, mas reclamou ter cumprido a questão da meta do IRS, apresentando números quanto ao desemprego, por exemplo.

António Costa mostrou resultados da sua governação, marcada, disse, por dois anos da pandemia de covid-19 e por uma crise inflacionista e deu o exemplo do salário médio, que, afirmou, subiu 26% em Portugal, desde que o PS está no poder, em 2016, prometendo que a trajetória é "para continuar".

A prioridade, afirmou, continua a ser "emprego, emprego, emprego", sublinhando os efeitos positivos da subida do salário mínimo e ainda a importância de pôr a economia a crescer.

O secretário-geral do PS admitiu que as eleições na Madeira “não serão fáceis” para os socialistas e prometeu o apoio do partido ao líder madeirense, Sérgio Gonçalves, nas próximas regionais, após o verão.

António Costa começou e acabou o discurso a falar do ato eleitoral, reconhecendo que "as eleições na Madeira nunca são fáceis para o PS", e fez uma promessa ao líder regional madeirense: "Conta connosco, conta com PS, vamos lado a lado com o PS Madeira para nos batermos nas próximas eleições regionais."

A meio do discurso, quando falou nos compromissos a manter com o eleitorado para a legislatura, lembrou os planos de investimento na saúde, com cinco novos hospitais, incluindo um na Madeira.

O PS iniciou hoje as suas jornadas parlamentares do PS, que se destinam a preparar o debate sobre o estado da nação, em 19 de julho, e as eleições regionais da Madeira em setembro ou outubro.

Além de António Costa, nas jornadas do PS, que se prolongam até terça-feira, vão estar presentes os ministros da Economia, António Costa Silva, do Trabalho e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, bem como o ex-secretário-geral da UGT Carlos Silva.

Partidos

Mais Partidos

Patrocinados