Putin acusa organizadores de rebelião armada de traição. "Serão levados à justiça"

CNN Portugal , HCL
26 jun 2023, 21:14

Numa declaração ao país, a partir do Kremlin, Vladimir Putin salientou que os eventos incitados pelo líder do Grupo Wagner mostraram como "qualquer chantagem e tentativa de organizar uma rebelião interna acabará em derrota"

Vladimir Putin fez esta noite um novo discurso sobre a rebelião militar iniciada pelo Grupo Wagner na sexta-feira e garantiu que os seus organizadores "traíram" a Rússia e serão levados à justiça. "Os organizadores desta rebelião não podem deixar de compreender que serão levados à justiça, pois trata-se de uma atividade criminosa que visa enfraquecer o país", afirmou o presidente russo, numa declaração a partir do Kremlin.

O discurso de Putin surge depois de Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, ter reaparecido pela primeira vez desde que foi colocado fim à rebelião armada no sábado, emitindo uma declaração de 11 minutos na qual defendeu a revolta e afirmou que "a sociedade assim o exigia".

"A solidariedade civil mostrou que qualquer chantagem e tentativa de organizar uma rebelião interna acabará em derrota", declarou Putin, que, no entanto, reiterou que "a esmagadora maioria" dos mercenários do Grupo Wagner são patriotas da Rússia". "Ao voltarem para trás, evitaram mais derramamento de sangue", acrescentou.

No discurso, salientou também que irá manter "a promessa" de permitir que os mercenários do Grupo Wagner possam viajar até à Bielorrússia ou, por outro lado, sejam integrados no exército russo. "Agradeço aos soldados e comandantes da Wagner que não derramaram sangue - podem assinar um contrato com o Ministério da Defesa ou mudar-se para a Bielorrússia", disse.

Em nenhuma altura, Putin falou diretamente de Prigozhin que, na declaração feita durante a tarde desta segunda-feira, já havia negado que o Grupo Wagner pretendesse derrubar Putin, salientando que a rebelião mostrou que havia "sérios problemas de segurança em todo o território do país". "O nosso objetivo não era derrubar o regime", reiterou Prigozhin numa gravação de áudio.

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