Putin nomeia novo líder do Grupo Wagner. Chamam-lhe "Cabelo Cinzento" e terá tido um desentendimento com Prigozhin na altura da rebelião

CNN Portugal , BCE
29 set 2023, 15:41

Andrei Troshev foi um dos comandantes seniores do Grupo Wagner durante quase uma década. A imprensa internacional fala num desentendimento entre o ex-comandante e o ex-líder dos mercenários, Yevgeny Prighozin, na altura da rebelião em Moscovo

O presidente russo, Vladimir Putin, nomeou esta sexta-feira Andrei Troshev para assumir a liderança do Grupo Wagner, substituindo assim Yevgeny Prigozhin, que morreu há cerca de um mês na queda de um avião.

A decisão foi revelada durante uma reunião convocada por Putin, no Kremlin, na qual também esteve presente o vice-ministro russo da Defesa, Yunus-Bek Yevkurov. Dirigindo-se a Troshev, o presidente russo anunciou que o ex-comandante do Grupo Wagner assumiria agora as rédeas da organização paramilitar, passando agora a "liderar unidades voluntárias que podem cumprir várias tarefas de combate" na Ucrânia. Uma decisão que Vladimir Putin justifica pelo trabalho que Troshev desenvolveu ao serviço do Grupo Wagner, tendo sido um dos mais graduados comandantes dos mercenários.

"Há mais de um ano que combate numa dessas unidades. Sabe o que é, como se faz, conhece as questões que têm de ser resolvidas antecipadamente para que os combates decorram da melhor forma e com maior sucesso", salientou.

Pouco se sabe sobre este encontro além destas declarações transmitidas em frente às câmaras. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos jornalistas que esta era uma reunião "rotineira" e que Troshev "trabalha para o Ministério da Defesa", sem adiantar mais detalhes.

Andrei Troshev, mais conhecido entre os russos pela alcunha "Cabelo Cinzento", foi um dos comandantes seniores do Grupo Wagner durante quase uma década. De acordo com a imprensa internacional, o comandante desentendeu-se com Yevgeny Prigozhin na altura da rebelião dos paramilitares em Moscovo, em junho. Desde então, os militares russos passaram a assumir as operações do Grupo Wagner na Ucrânia, bem como as suas atividades mercenárias no estrangeiro, nomeadamente na Líbia, Mali e República Centro-Africana.

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