U. Leiria-V. Guimarães, 1-1 (destaques)

29 out 2000, 18:29

Rogério Matias num jogo de contrastes e cartões O lateral-esquerdo foi o melhor da tarde. Congo (Vitória) e Derlei (União) foram avançados em destaque, enquanto os leirienses Paulo Alves e Krpan trabalharam muito... para quase nada. Nas exibições dos guarda-redes também houve diferenças substanciais.

Entrada de Dinda

Deu outra dinâmica ao meio-campo do União de Leiria, apesar de o homem que rendeu, Leão, não ter efectuado má exibição durante a primeira parte. Com Dinda em campo, na segunda metade, o União aproximou-se muito mais da área vimaranense e criou maior perigo. Dos seus pés saiu o golo do empate (bateu, num livre, a bola que Derlei empurraria para as redes) e foi na capacidade de remate do brasileiro que os leirienses depositaram todas as esperanças nos minutos finais. No último lance da partida esteve quase a resolver, fazendo a bola embater na barra. 

Rogério Matias

O melhor jogador em campo. Derlei foi o seu adversário mais directo durante grande parte do jogo, mas só brilhou longe da área de jurisdição deste lateral-esquerdo contratado pelo Vitória ao Campomaiorense. Rogério foi seguro a defender, fazendo-o com grande capacidade de sacrifício, e ainda deu uma perninha no ataque durante a primeira parte. Pouco amarrado ao lugar, foi duas vezes ao meio da sua área fazer cortes providenciais e salvar a baliza de Tomic de maiores apuros. 

Avançados

Um jogo de contrastes no que respeita às performances dos homens mais adiantados no terreno. O leiriense Derlei e o vimaranense Congo estiveram a muito bom nível, enquanto Paulo Alves e Krpan, ambos da formação da casa, não tiveram arte nem engenho para transformar os litros de suor e a extrema dedicação em algo de concreto para a equipa. Basicamente, muita parra para pouca uva por parte dos dois dianteiros. Quanto a Congo, foi protagonista ao sofrer o penalty que deu o golo ao Vitória e ao atirar ao poste de Baptista quase, quase no fim do jogo. Derlei, por seu turno, mereceu bem o golo que marcou. 

Guarda-redes

Mais um contraste. Baptista, do União de Leiria, começou por não agarrar um remate de Lima que resultou no penalty cometido por Bilro e no 1-0 para o Vitória (42m). Aos 86 minutos, quando os visitantes já só tinham nove jogadores, não interceptou uma bola fora da área e permitiu a Congo um remate que por milagre (do ponto de vista leiriense, claro) bateu no poste. Tomic, no extremo contrário, foi sempre um guardião atento e a um minuto dos 90 evitou, com grande defesa, que Paulo Alves pusesse o União em vantagem. Não trabalhou muito, mas acabou por tornar-se decisivo. 

Chuva de cartões

A curta fase de dez minutos em que o jogo perdeu três futebolistas começou mal. Lima cometeu de facto falta sobre Krpan, mas fê-lo sem jogar de forma perigosa e ainda no meio-campo do Leiria. Viu o segundo amarelo e foi para o banho. Dois minutos depois, João Manuel foi expulso por protestar contra a não marcação de uma falta num lance em que até tinha razão. Teria visto encarnado directo se José Mesquita não tivesse acabado de ser tão rigoroso com Lima? A festa não haveria de terminar sem uma terceira expulsão, esta sim adequada. Soderstrom derrubou Bilro sem bola, o árbitro viu e quando o jogo parou mandou o sueco embora.

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