Terceiro dia da tracking poll mostra tendências de evolução. Incluindo a entrada de um partido que não tem assento parlamentar nem esteve presente nos debates
Está de volta a tracking poll. Todos os dias da campanha, monitorizaremos todos os partidos que concorrem para eleger deputados nas próximas eleições de 10 de março. E focaremos a evolução dos indecisos, que poderão fazer pender os equilíbrios finais.
A tracking poll não faz previsão de resultados finais, ela permite sobretudo fazer análises de tendências. Trata-se de uma ferramenta comum em diversos países, sendo também historicamente usada por partidos políticos portugueses, que as usam apenas internamente e para ir avaliando a evolução da campanha. Como há dois anos, nas legislativas de 2022, a TVI e a CNN publicarão resultados de evolução diária.
A tracking poll é feita a partir de um painel móvel de 600 pessoas representativas do eleitorado. Deste painel, todos os dias são retiradas 200 pessoas e acrescentadas outras 200 (ver ficha técnica em baixo).
AD um passo à frente
Ao terceiro dia de recolha de dados da tracking poll, a AD sobe para 26% e o PS fica-se pelos 21%, o que revela uma tendência de distanciamento face ao início, apesar de os dois partidos se manterem relativamente próximos. Também o Chega mostra uma tendência de descida, de 16% para 14% desde o início. Estes dados são antes de distribuição de indecisos. Pode ver um exercício de distribuição proporcional de indecisos em baixo.
Em três dias, os indecisos oscilaram entre um mínimo de 17% e um máximo de 19%, que se verifica hoje.
A Iniciativa Liberal mantém-se como quarto partido com mais intenções, mas desceu face à véspera (para 5%), logo à frente do Bloco de Esquerda, que também resvalou (para 4%%). Talvez surpreendente é o facto de, na tracking poll, o Livre recolher preferências (com 3%) à frente da CDU e do PAN (respetivamente com 2% e com 1%).
Surpreendente é o facto de o ADN - Alternativa Democrática Nacional (antigo PDR) ter surgido ao segundo dia de tracking poll, com 1%, mantendo a mesma observação ao terceiro dia.
Sondagem diária (sem distribuição de indecisos)
| PS | AD | Chega | IL | BE | CDU | |
| 24/fev | 22 | 23 | 16 | 6 | 5 | 2 |
| 25/fev | 21 | 25 | 14 | 6 | 5 | 2 |
| 26/fev | 21 | 26 | 14 | 5 | 4 | 2 |
| PAN | Livre | ADN | Indecisos | Outros/Brancos e nulos | |
| 24/fev | 1 | 3 | - | 18 | 5 |
| 25/fev | 1 | 3 | 1 | 17 | 5 |
| 26/fev | 1 | 3 | 1 | 19 | 5 |
Ficha técnica
A presente sondagem foi realizada pelo IPESPE/ Duplimétrica para a TVI e a CNN Portugal.
As entrevistas aleatórias por cotas foram realizadas nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro de 2024.
Foram realizadas 200 entrevistas por dia, totalizando 600 entrevistas, representativas do eleitorado recenseado de Portugal, com 18 anos e mais, tendo por base os critérios de género (53% mulheres e 47% homens), idade (24% com 18 a 34 anos; 33% com 35 a 54 anos; e 43% com 55 anos e mais), e região (22% Norte, 12% Grande Porto, 27% Centro, 22% Lisboa, 12% Sul e 5% Ilhas).
A margem de erro máxima para o total da amostra é de 4,1 pontos percentuais, para um grau de confiança de 95,45%.
A seleção dos entrevistados foi realizada através de geração aleatória de números de “telemóvel”, mantendo uma proporção aproximada dos três principais operadores móveis. Quando necessário, foram selecionados aleatoriamente números fixos para apoiar o cumprimento do plano amostral.
As entrevistas foram recolhidas através de entrevista telefónica (CATI – Computer Assisted Telephone Interviewing). A taxa de resposta foi de 58,82%.
O tracking teve como objetivo o acompanhamento da evolução da opinião dos eleitores portugueses sobre temas relacionados com as eleições legislativas, a serem realizadas no dia 10 de março de 2024.
A ficha técnica completa e os resultados desta sondagem foram depositados junto da Entidade Reguladora da Comunicação Social.
