Taiwan deteta 42 aviões militares chineses nas imediações da ilha

Agência Lusa , DCT
19 ago 2023, 08:19
Taiwan Flag (Getty Images/ Jose Lopes Amaral)

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China tinha prometido no domingo passado "medidas firmes" contra a passagem do vice-Presidente taiwanês William Lai Ching-te pelos Estados Unidos, algo que considerou ser um ataque às suas reivindicações de soberania sobre Taiwan.

Taipé detetou este sábado a presença de 42 aviões militares chineses nas imediações da ilha, horas após a China ter anunciado o arranque de exercícios militares marítimos e aéreos em torno de Taiwan.

O Ministério da Defesa taiwanês disse que entre os aviões detetados estavam caças J-10 e J-11, sendo que 26 das 42 aeronaves atravessaram a linha mediana que separa a ilha da China continental.

Num comunicado divulgado na rede social X (antigo Twitter), o ministério acrescentou que também foram detetados oito navios militares chineses entre as incursões, que começaram por volta das 09:00 (02:00 em Lisboa).

As autoridades de Taiwan responderam com o destacamento de aviões e navios e com a ativação de sistemas de mísseis terrestres, indicou o comunicado.

Horas antes, o exército da China tinha anunciado o arranque de exercícios militares marítimos e aéreos em torno de Taiwan, num "sério aviso" aos "grupos separatistas" da ilha e às "forças externas" que os apoiam.

Em reação, o Ministério da Defesa de Taipé disse num comunicado que "condena veementemente este comportamento irracional e provocativo e enviará as forças adequadas em resposta (...) a fim de defender a liberdade, a democracia e a soberania de Taiwan".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China tinha prometido no domingo passado "medidas firmes" contra a passagem do vice-Presidente taiwanês William Lai Ching-te pelos Estados Unidos, algo que considerou ser um ataque às suas reivindicações de soberania sobre Taiwan.

William Lai voltou a Taipé na sexta-feira, depois de viajar para o Paraguai, onde participou na posse de Santiago Peña como novo Presidente daquele país, um dos poucos a reconhecer oficialmente Taiwan.

O vice-Presidente fez duas paragens em Nova Iorque e em São Francisco, tendo sido recebido por representantes do Instituto Americano de Taiwan, que atua como a embaixada norte-americana de facto na ilha, na ausência de relações diplomáticas entre Washington e Taipei.

A China considera Taiwan uma das suas províncias e não renuncia ao eventual uso da força militar para conseguir a reunificação.

O exército chinês já tinha lançado em abril manobras de três dias em torno de Taiwan, em reação a uma reunião nos Estados Unidos entre o presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Kevin McCarthy, e a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen.

William Tai foi o escolhido pelo Partido Democrático Progressista, atualmente no poder em Taiwan, como candidato a suceder a Tsai Ing-wen nas eleições marcadas para 2024.

China lança manobras militares em torno de Taiwan, ilha condena exercícios

O exército da China anunciou hoje o arranque de exercícios militares marítimos e aéreos em torno de Taiwan, dias após a passagem do vice-Presidente taiwanês, William Lai Ching-te, pelos Estados Unidos.

O Comando do Teatro Oriental do exército chinês, cuja área de operações está voltada para Taiwan, anunciou que as manobras constituem um "sério aviso" aos "grupos separatistas" da ilha e às "forças externas" que os apoiam.

O porta-voz do comando, o coronel Shi Yi, disse que as manobras serão realizadas na área adjacente a Taiwan, com a participação de "navios e aeronaves de combate", para "praticar a coordenação entre si" e o "controlo do espaço aéreo e marítimo".

De acordo com um comunicado, publicado na rede social Weibo – semelhante à X (antigo Twitter), bloqueada na China –, os exercícios visam “testar a real capacidade de combate” das tropas do Comando do Teatro Oriental, que é responsável pela defesa da costa leste da China.

Em reação, o Ministério da Defesa de Taipé disse num comunicado que "condena veementemente este comportamento irracional e provocativo e enviará as forças adequadas em resposta (...) a fim de defender a liberdade, a democracia e a soberania de Taiwan".

William Lai voltou a Taipé na sexta-feira, depois de viajar para o Paraguai, onde participou na posse de Santiago Peña como novo Presidente daquele país, um dos poucos a reconhecer oficialmente Taiwan.

O vice-Presidente fez duas paragens em Nova Iorque e em São Francisco, tendo sido recebido por representantes do Instituto Americano de Taiwan, que atua como a embaixada norte-americana de facto na ilha, na ausência de relações diplomáticas entre Washington e Taipei.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China tinha prometido no domingo passado "medidas firmes" contra a passagem de Lai pelos Estados Unidos, algo que considerou ser um ataque às suas reivindicações de soberania sobre Taiwan.

"A China opõe-se firmemente a qualquer forma de contacto oficial entre os Estados Unidos e Taiwan e opõe-se firmemente a qualquer viagem de separatistas pela independência de Taiwan aos Estados Unidos", declarou um porta-voz do ministério.

A China considera Taiwan, onde cerca de 23 milhões de habitantes são governados por um sistema democrático, uma das suas províncias e não renunciou ao eventual uso da força militar para conseguir a reunificação.

O exército chinês já tinha lançado em abril manobras de três dias em torno de Taiwan, em reação a uma reunião nos Estados Unidos entre o presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Kevin McCarthy, e a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen.

William Tai foi o escolhido pelo Partido Democrático Progressista, atualmente no poder em Taiwan, como candidato a suceder a Tsai Ing-wen nas eleições marcadas para 2024.

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