Pedro Martins quer Jamor porque Rio Ave «merece grandes palcos»

12 jan 2016, 17:00
Pedro Martins (Lusa)

Treinador dos vilacondenses diz que estar na final da Taça de Portugal é o «sonho» de todos no clube

Pedro Martins fez a antevisão do jogo com o Estoril a contar para os quartos de final da Taça de Portugal e frisou que os seus jogadores merecem «grandes palcos», definindo a ida ao Jamor como um objetivo e «um sonho».

O Rio Ave, se ultrapassar os «canarinhos», pode alcançar a sua terceira meia-final consecutiva na competição, mas o treinador desvaloriza esse facto: «Para chegar ao Jamor, o que é mais importante do que atingir uma meia-final, temos que vencer os jogos que temos até lá. Para isso temos que ultrapassar um adversário difícil, uma boa equipa, com jogadores experientes. Vai ser um jogo competitivo e tenho a certeza que amanhã vai ser um bom jogo. Temos que ultrapassar este obstáculo e é esse o nosso sonho.»

O treinador considera que este jogo merece todas as atenções porque é um objetivo do clube: «Merece um investimento total porque eu não me canso de dizer que este grupo de trabalho merece grandes palcos e a final da Taça no Jamor é um grande palco. O sonho de qualquer atleta, de qualquer jogador, de qualquer clube é atingir uma final e portanto é isso que está na nossa mente. É o nosso foco.»

Os vilacondenses estão acima na classificação (são sextos com mais cinco pontos que o Estoril que é 11º), e confrontado sobre o peso que isso pode ter na eliminatória, Pedro Martins reage assim: «Nenhum peso, são momentos completamente distintos. Mesmo se o adversário fosse de outro escalão teria exatamente o mesmo peso, porque chegando a esta fase tudo é possível. São competições diferentes.»

O Rio Ave eliminou V.Setúbal, Paços de Ferreira e União FC (da AF Coimbra) para chegar a esta fase. O técnico diz que todos tratam este jogo como se de uma «final» se tratasse e refere que só vê uma vantagem para o seu clube: ter mais público afeto à sua equipa na bancada.

«Pelo facto de estarmos diante do nosso público sim [vantagem de jogar em casa], porque são duas equipas muito competitivas, equilibradas e nem sempre o fator casa é determinante. Eu penso que nesta fase não o é. O que é determinante é a vontade, o espírito e a entrega. Aquela [equipa] que cometer menos erros consegue a vitória.»

Sobre o facto de o Estoril ter conseguido uma vitória, após muitos jogos para o campeonato sem vencer, não é um ponto favorável para a equipa da Linha, considera o timoneiro dos vilacondenses.

«Nem tão pouco é um jogo onde o aspeto emocional ou a confiança das equipas possam fazer diferença. No caso do Estoril que não vencia há 11 jogos e venceu recentemente, isso é um aspeto determinante, mas é a ambição e o espírito de quer chegar a uma final, que está na mente de toda gente. Ninguém está a pensar que os níveis de confiança não são os melhores ou são ótimos. Neste momento, todas as equipas que estão na Taça estão nesse sonho e portanto penso que a ambição e o querer estar [na final] é mais importante do que os níveis de confiança ou anímicos que atravessam.»

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