TL: Sporting-Arouca, 1-0 (crónica)

30 nov 2016, 20:27
Sporting-Arouca (Mário Cruz/LUSA)

Os bons hábitos nacionais de ganhar

O Sporting manteve os bons hábitos nacionais de ganhar e somou a quarta vitória seguida. É verdade que pelo meio houve duas derrotas para a Liga dos Campeões, mas as competições internacionais não entram nestas contas.

Ora ainda bem que se fala das derrotas na Champions, porque a vitória desta noite teve a mesma tónica, mas virada do avesso: se com o Borussia e o Real Madrid a equipa jogou bem e perdeu, esta noite não precisou de encher a vista para vencer sem ponta de contestação.

Foi um Sporting competente, no fundo.

Um Sporting, já agora, formado por segundas linhas, que do último onze preservou apenas Joel Campbell. Por aqui já se vê como Jorge Jesus mudou quase tudo.

Confira a ficha de jogo e as notas dos jogadores

A equipa acusou, por isso, uma natural falta de ritmo, mas acusou sobretudo uma falta demasiado óbvia de entrosamento. Tudo normal, é verdade. Mas pouco agradável a quem acompanhou o jogo.

Há elementos no onze desta noite em clara baixa de forma. Jefferson é o caso mais evidente, ele que raramente apoiou o ataque, aparecendo sempre muito desligado do jogo.

É o caso mais evidente, dizia-se, mas não é o único. Markovic chegou a ser também angustiante: raramente as coisas lhe saíam bem. Alan Ruiz fez o golo da vitória, e foi tudo, obrigado e boa noite.

Por isso, e porque as coisas pelas alas demoravam a funcionar, o Sporting entregou a bola a Petrovic e apostou no jogo interior. O trinco foi provavelmente o melhor em campo, ele que apresenta uma clara lentidão que lhe pode ser fatal nas transições defensivas, mas tem boa visão de jogo e certeza no passe. Por isso, lá está, o Sporting entregou-lhe a bola e ele descobriu linhas de passe interiores.

Foi dessa forma, aliás, que a equipa chegou ao golo. Petrovic fez um passe vertical para André, que tocou de calcanhar para Alan Ruiz: o argentino tirou Hugo Basto da frente e rematou rasteiro.

O golo surgiu pouco antes do intervalo, naquela altura que obriga qualquer cronista a escrever que é o melhor momento para marcar: a equipa saiu para o intervalo a vencer, a obrigar o Arouca a expor-se e a ganhar espaços para depois explorar em transições ofensivas.

Não foi bem isso que aconteceu, porque o Arouca nunca quis assumir a posse de bola. A estratégia passava exatamente por defender e explorar o contra-ataque, e foi levada até ao fim.

Petrovic, esclarecido no passe: veja os destaques

Foi um Arouca curto, portanto, que só na primeira parte chegou com perigo à baliza leonina. Mas não obrigou o guarda-redes Beto a fazer uma grande defesa que se visse: uma saída aos pés de Vítor Costa foi o mais difícil que teve pela frente esta noite.

Por aqui já se percebe o que foi a exibição do Arouca.

Ora o Sporting, por outro lado, continuou a insistir no jogo interior, pelo menos até Matheus Pereira entrar e dar um novo fôlego à ala esquerda. Continuou a apostar no jogo interior e nas bolas paradas. Numa delas proporcionou a Douglas um cabeceamento em zona perigosa, que saiu à figura de Rui Sacramento, na outra permitiu a Petrovic cabecear para grande defesa do guarda-redes do Arouca, antes de André falhar o segundo golo quando tinha tudo para ser feliz.

Feitas as contas, portanto, o Sporting ganhou e ganhou bem, igualando o Varzim na frente do Grupo A: a equipa está viva na Taça da Liga e manteve os bons hábitos nacionais de ganhar.

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