'Startup' portuguesa integra projeto para criar drones subaquáticos para a Defesa Europeia

Agência Lusa , FG
18 jul 2023, 16:04
Dia dos Oceanos (Foto: B. Yurasits/Unsplash)

Chama-se Adyta é a única empresa portuguesa que integra o projeto

Uma 'startup' incubada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) integra um projeto europeu que, financiado em 25 milhões de euros, visa desenvolver drones subaquáticos para o sistema de defesa europeu, foi anunciado esta terça-feira.

Em comunicado, a UPTEC afirma que a 'startup' Adyta é uma das 20 entidades que participam no projeto SWAT-SHOAL que, nos próximos três anos, vai desenvolver drones subaquáticos para a Defesa Europeia, ao abrigo do Fundo Europeu de Defesa (FED) 2022.

A Adyta, que é a única empresa portuguesa que integra o projeto, terá como missão o "desenvolvimento de sistemas de comunicações seguros" que permitam a operação, comando e controlo dos veículos subaquáticos.

O objetivo do projeto é o desenvolvimento e implementação do conceito de um Sistema de Sistemas (SoS) que integra diferentes tipos de veículos tripulados e não tripulados em "enxames" para obter uma "maior eficiência" em missões subaquáticas, como vigilância, reconhecimento, guerra de minas, colaboração em combates ou apoio a operações anfíbias.

"O foco deste projeto é colocado em tecnologias inovadoras como enxames, comunicações subaquáticas e operação autónoma para aumentar a versatilidade e as capacidades das futuras forças navais no domínio subaquático", destaca a UPTEC.

Citado no comunicado, o diretor executivo da Adyta, Carlos Carvalho, afirma que o projeto vai potenciar a tecnologia desenvolvida pela 'startup' "para uma nova área", nomeadamente a da construção naval, bem como reforçar a presença da empresa portuguesa junto de parceiros internacionais.

Os resultados do projeto vão "gerar importantes vantagens competitivas" para o sistema de defesa europeu, bem como "definir novos produtos e mercados".

Centrada na área da segurança da informação, a Adyta tem como propósito o desenvolvimento de soluções tecnológicas especializadas, adaptadas às necessidades de grupos empresariais, órgãos de soberania e outras organizações que, "pela natureza da sua atividade, tratam informação sensível ou classificada".

O projeto tem como principal coordenador a empresa Navantia e é composto por empresas de 11 países, nomeadamente a Sener, Akademia Marynarki Wojennej, ATLAS ELEKTRONIK GmbH, Cafa Tech Ou, Develogic GmbH, Fincantieri Nextech Spa, Fraunhofer, GMV Aerospace and Defense, Kongsberg Defense & Aerospace, Naval Group Belgium, Naval Group France, Prisma Electronics, Saab Kockums, Sea Europe, Lukasiewicz Instytut, Saes, Sotiria Tecnologia e WTD71.

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