Treinador do Sporting diz que se olha para todas as competições «da mesma maneira», mas reconhece que a Liga é o «objetivo maior»
O treinador do Sporting, Ruben Amorim, assumiu a importância da Liga e do «principal objetivo» de «ser campeão», mas garantiu que o clube olha para todas as provas «da mesma maneira». O que pode acontecer é uma prioridade ao campeonato «em caso de dúvida», mediante o progresso dos leões nas várias competições.
«O principal objetivo é ser campeão. Obviamente é jogo a jogo, mas é o principal objetivo. Mas acima de tudo, na minha cabeça, esquecendo a Liga dos Campeões, é ser campeão. É o objetivo máximo, por tudo, é a coisa mais importante que temos, mais importante também para o futuro. Não só pelo dinheiro da Liga dos Campeões para consolidar o futuro, mas o objetivo principal é ser campeão. Também queremos seguir em frente na Liga Europa, temos as taças e toda a gente tem de estar preparada, porque pode haver uma lesão e todos os jogadores têm de sentir-se importantes. Se todos se sentirem importantes, vamos treinar bem e, depois, estamos a falar de jogadores que não têm jogado tanto. O Marcus tem saído, o Trincão, o Neto fez apenas um minuto. São todos internacionais, o Marcus é internacional jovem inglês. Não estamos a falar de jogadores que vamos rodar e a equipa vai ressentir-se. Vai jogar, se calhar, de forma diferente, porque é isso que queremos», começou por dizer, na conferência de imprensa de antevisão ao duelo com o Sturm Graz, da 1.ª jornada da Liga Europa.
«Há uma prioridade clara que é ser campeão. Não vamos deixar as outras competições porque também são objetivos, mas em caso de dúvida, esse é o nosso principal objetivo. Na nossa visão, enquanto clube, queremos voltar a ser campeões. É o mais importante. Portanto, não tem a ver com adversários. Tem a ver com objetivos e, em caso de dúvida, há uma direção clara que nos ajuda a guiar-nos durante a época, mas é algo normal. Simplesmente, olhamos para tudo da mesma maneira. Em caso de dúvida, vamos olhar para o campeonato, é o objetivo maior», notou.
Sobre se a equipa tem agora mais estofo europeu, Amorim diz que «ainda é muito cedo» para se poder dizer isso e voltou a lembrar o duelo com o LASK Linz, de 2020, na véspera de um encontro com outra equipa da Áustria, país onde os leões nunca venceram, em sete jogos.
«A verdade é que a equipa tem mais experiência. Éramos uma equipa completamente diferente quando defrontámos o LASK. Agora, uma equipa mais experiente. Também sabemos melhor o que queremos dos jogos, mas há uma coisa boa no jogo do LASK: é que nunca nos saiu da cabeça. Está bem ciente, foi talvez o pior dia que tivemos em Alvalade. Não sai da nossa cabeça e tem de estar até ao último dia, porque nos relembra de onde partimos e que o futebol muda rapidamente. Temos mais estofo, somos mais experientes, mais equipa, mas aqueles dias podem acontecer e são equipas, quanto a mim, parecidas na forma de jogar, na intensidade. Estamos preparados, mais do que na altura, vamos ver», afirmou.
Amorim falou ainda sobre o adversário, destacando o n.º 10, o georgiano Otari Kiteishvili, bem como o dinamarquês Willian Boving.
«Vale muito pelo seu todo, penso que o n.º10 é um jogador que me impressionou, não só na parte ofensiva, mas também a defensiva, como pressiona e joga, a capacidade física foi algo que me impressionou. Tem um central muito rápido, são muito fortes nos duelos e nas bolas paradas, vários jogadores fazem várias posições, como o Boving, extremos rápidos, muitas vezes jogam todos pelo meio e criam muitas dificuldades, mas quanto a mim, a forma como pressionam foi algo que me deixou bastante impressionado. Temos de ser muito fortes na nossa identidade para ter bola e fazer o nosso jogo. A melhor característica foi a capacidade de pressão e a forma como, de repente, estão a defender toda a gente e rapidamente ganham a bola e fazem contra-ataque», avaliou.