Sarabia: «Decidi sair do PSG para voltar a sentir-me importante»

8 fev 2022, 23:46
Pablo Sarabia fez o 2-1 de penálti no Sporting-Santa Clara (Paulo Novais/Lusa)

Espanhol contou como foi a mudança para Alvalade e recusou abrir o jogo sobre o futuro no ADN de Leão

Protagonista do episódio 57 do «ADN de Leão», Pablo Sarabia admitiu que está feliz em Lisboa e no Sporting.

«Gosto muito de Portugal. A comida é muito parecida com a espanhola. E sempre gostei muito da ideia de poder viver numa cidade que tenha praia. E esta é a primeira [que tem]. Madrid não, Sevilha também não assim como Paris. Sevilha é uma cidade muito boa, fui muito feliz lá, mas não tem praia. Para mim a praia é muito importante, gosto de ver o mar. As sobremesas portuguesas são melhores do que as espanholas. provei o pastel de Belém e há um de Sintra, o travesseiro, que é o que mais gosto. O que não gosto? Não há nada… Trânsito sim, mas em Madrid é igual. Também não gosto das distâncias. A Academia está longe de Lisboa. Eu vivo na Aroeira e demoro trinta minutos a chegar à Academia. Se vivesse a 10 minutos da Academia seria perfeito», disse.

O atacante de 29 anos lembrou que provou que quem achava que viria para os leões com o estatuto de estrela por ser jogador do PSG estava enganado. 

«Em Paris há muitas estrelas, jogadores muito importantes. Aqui encontrei um grupo muito familiar, com jogadores muito jovens e pessoas muito próximas. Isso é de agradecer, porque eu também sou assim. Havia muita gente que pensava que eu vinha para o Sporting com outra atitude, por vir de onde vim. Mas eu não sou assim. Quando cheguei encontrei um grupo muito bom», sublinhou, acrescentando que não necessita de elogios do treinador. 

«O mister [Rúben Amorim] fala sempre da equipa, é uma virtude, e tudo o que estamos a conseguir é devido a essa mentalidade. Não há nenhum [jogador] que se sobressaia do resto. Dei-me conta disso logo dois dias depois de chegar. Há jogadores que precisam de reconhecimento, mas não eu, porque depois dos jogos sei como joguei, que fiz o meu trabalho. E sei que o mister o sabe, não precisa que o diga na imprensa. Prefiro que o faça quando há um jogador a receber muitas críticas, que lhe dê a mão e o elogie.»

O espanhol confessou que sentiu que era altura de sair de Paris e contou como surgiu a opção de rumar a Alvalade. 

«Assinei contrato no dia 31 [de agosto] e estava com a seleção. Vim para Lisboa só no dia 12 ou 13 [de setembro]. Ou seja, estive 12 dias a saber que pertencia ao Sporting, mas não tinha relação com ninguém. Falei com o treinador, com o Adán, o Porro e um pouco com o Feddal, mas não tive mais relação com ninguém. E quando cheguei dei-me muito bem com todos. Tivemos de esperar, porque era um mercado muito difícil por causa da covid-19.. É verdade que a opção do Sporting surgiu 3 dias antes de fechar o mercado. Foi uma mudança de pensamento. Achei que era o momento de sair de Paris. Nesse ano não estava bem, tinha tido algumas lesões e não tinha um bom feeling com o treinador. Decidi que sair era o melhor para voltar a sentir-me importante», referiu. 

O futuro de Sarabia foi outro dos temas que surgiu durante a conversa, embora este não tenha aberto o jogo.

«Quero viver o momento que estou a viver, porque estou muito feliz. Estou a jogar e sinto-me bem. Estou a conhecer uma cidade muito bonita, que me está a encantar. Sabia que havia um bom grupo aqui, porque o que conseguiram no ano passado não é nada fácil. E o que o treinador está a fazer também não é nada fácil. O meu objetivo era recuperar as sensações que não tinha em Paris, e recuperei-as. Estamos a disputar a Taça e a Liga. Liga dos Campeões? É difícil, mas vamos tentar. (...) O meu objetivo é ir ao Mundial», concluiu. 

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