Braga-Aves, 2-0 (reportagem) Neca, treinador do Aves, criticou a arbitragem, mas Manuel Cajuda ironizou e cortou o mal pela raiz. O técnico do Braga estava satisfeito com a vitória da sua equipa, que reagiu bem à derrota em Paços de Ferreira.
O Braga somou hoje a sétima vitória no campeonato da I Liga, enquanto o Aves continua sem conhecer o sabor dos triunfos fora de portas. As más condições climatéricas estiveram na origem de um mau espectáculo de futebol, com ambas as equipas a sentirem grandes dificuldades em se adaptarem ao estado pesado do terreno.
Para Manuel Cajuda, treinador do Braga, a vitória da sua equipa frente ao Aves foi «merecida e clara». O técnico, na hora da vitória começou por endereçar uma palavra de atenção ao luto austríaco: «Lamento o que aconteceu às famílias que ficaram sem as suas gentes», referiu. Quanto ao jogo, destacou que a sua equipa «demonstrou astúcia e procurou a sorte», sustentando que o Braga «fez o que tinha a fazer e ganhou de forma clara». «Fomos a equipa que mais atacou e melhor esteve sobre o terreno. Foi uma vitória do crer», disse, considerando existir actualmente um «boa pressão em face da classificação».
Para o técnico arsenalista, a derrota em Paços de Ferreira serviu para a equipa «aprender a lição», destacando de pronto que «o Braga não vai cair, mas sim melhorar». Cajuda mostrou-se ainda «feliz» com o trabalho dos «jogadores e administração», aproveitando para agradecer a presença dos sócios, «verdadeiros heróis», comentou.
Sobre a arbitragem, tema em foco no discurso apresentado por Neca, Manuel Cajuda não foi de modas: «Num jogo difícil, tivemos uma boa arbitragem. É melhor a arbitragem estar do nosso lado, do que do lado deles», finalizou.
Quim actuou condicionado
O guarda-redes bracarense esteve para não regressar do balneário ao intervalo, depois do traumatismo que sofreu na coxa direita. O técnico arsenalista disse a propósito que «a persistência do atleta falou mais alto», manifestando um desejo: «Espero quarta-feira vê-lo a jogar neste estádio pela selecção nacional».
«O primeiro golo surgiu a partir de uma falta que não existiu» (Neca)
Neca, treinador do Aves, começou por destacar o «campo difícil» em que foi disputado o encontro, considerando que «ambas as equipas tentaram fazer um bom jogo, em função do tempo». O técnico sustentou que «na primeira parte o Aves teve as melhores condições de golo» e na segunda metade «tentou dar a volta ao marcador», aproveitando para enaltecer a «atitude» dos seus jogadores.
Na opinião do técnico, «a equipa discutiu o jogo pelo jogo», endereçando os «parabéns ao Braga» que «foi mais feliz», avalizou.
Quanto ao trabalho de arbitragem, Neca falou de «faltas que não foram assinaladas no último terço do terreno contra o Braga», sublinhando que «o primeiro golo do Braga surgiu a partir de uma falta que não existiu». O técnico avense deixou ainda um conselho aos árbitros: «Não de demitam da função arbitral. Sejam iguais no silêncio do apito», referindo que «estar no lugar do mais forte é uma atitude simplista».
