Cajuda: «Braga não é candidato ao título»

26 mar 2001, 18:41

Eliminação do Boavista foi um «choque» para o treinador A custo, Cajuda refaz-se do choque que lhe valeu a eliminação do Boavista da Taça de Portugal. A Vitória do Marítimo obriga-o agora a terminar o campeonato nos três primeiros lugares, caso queira participar na próxima edição da Taça UEFA, objectivo que confessa, embora negando a candidatura ao título.

Cajuda está praticamente refeito, ainda que muito lhe custe. «Foi um choque», admitiu. Falava da eliminação do Boavista da Taça de Portugal, aos pés do Marítimo, que torna o quarto lugar insuficiente para aceder à Taça UEFA. «Agora só temos uma alternativa», observou. Para o treinador estava fácil de ver: «Temos de fazer das tripas coração para atingir o terceiro lugar ou melhor». 

Manuel Cajuda sente-se envolvido, altamente entusiasmado, mas suficientemente lúcido para não se deixar arrastar na vaga de euforia: «Peço desculpa aos bracarenses, mas o Braga não é candidato ao título». Numa frase, que podia comparar-se a um balde de água fria, refreava a exaltação e traçava limites. «Se o quarto lugar não dá acesso à UEFA, então vamos lutar pelo terceiro lugar». E falhar o novo objectivo não fará com que o treinador se deixe dominar pela frustração: «Não teremos razões para sentirmos que morremos na praia». 

O desgaste de Feher, que deixou subitamente de marcar, justamente quando se acentuou a frequência das viagens para vestir a camisola da Hungria, não é argumento de que Cajuda faça uso para justificar o que quer que seja. «Não estamos preocupados», disse. «Se estivermos com atenção, verificamos que no último jogo até esteve bem melhor». 

«A equipa precisa sempre dele em termos de manobra», insiste o treinador, seguro da importância estratégica que representa a utilização de Feher. «Se chegar com o mínimo de condições, jogará de início com o Salgueiros». O avançado húngaro regressou esta tarde a Braga, depois de ter empatado (1-1) com a Lituânia, mas não a tempo de participar no treino que decorreu no Campo da Ponte, onde Luís Miguel esteve ausente, devido a lesão, Odair trabalhou condicionado e Zé Nuno reintegrou os trabalhos do plantel, depois de ter abandonado mais cedo a sessão da manhã.

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