Sondagem TVI/CNN Portugal: portugueses dão nota negativa a Costa (e já estiveram mais contentes com Marcelo)

14 out 2023, 20:45
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa (Lusa/Tiago Petinga)

Primeiro-ministro chumba na avaliação feita pelos portugueses ouvidos nesta sondagem. O Presidente da República também já viveu dias de maior popularidade

A maioria dos portugueses entende que a atuação do primeiro-ministro tem sido negativa. Numa sondagem da Aximage para a TVI e CNN Portugal, 52% dos inquiridos disseram que António Costa tem tido uma má ou muito má atuação.

É no Norte que o descontentamento com a atuação do chefe do Governo é maior. Dos inquiridos naquela região, 60% classificam de má ou muito má a prestação de António Costa. Um número que baixa significativamente na Área Metropolitana de Lisboa (AML), por exemplo, onde menos de metade (49%) das pessoas tem essa avaliação.

De resto, é na zona circundante à capital que a avaliação de António Costa é mais positiva. Um total de 27% dos inquiridos classifica de boa ou muito boa a atuação do primeiro-ministro.

Atuação do primeiro-ministro

Marcelo perde popularidade?

Mais popular parece ser, sem grande surpresa, o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa sempre gozou de um grande apoio dos eleitores, ainda que desta vez pareçam ser menos aqueles que concordam com a sua atuação.

Se apenas 30% entendem que o chefe de Estado tem estado mal ou muito mal, são 33% aqueles que não classificam essa atuação de nem boa, nem má. Uma sondagem que mostra, de resto, uma divisão bastante equilibrada nos três níveis. É que 34% das pessoas acha que Marcelo Rebelo de Sousa está a agir bem ou muito bem. Sinais de que o principal rosto político da nação já foi mais consensual, como mostra uma outra sondagem feita pela Aximage para o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF.

Também é na capital que o Presidente da República parece ter maior consenso. Dos inquiridos da AML são 36% os que entendem a atuação de Marcelo Rebelo de Sousa como boa ou muito boa.

Atuação do Presidente da República por regiões

Em sentido contrário, Norte e Área Metropolitana do Porto (AMP) classificam de má ou muito má a prestação do chefe de Estado, com 39% e 30% das pessoas respetivas àquela zona a fazerem essa avaliação.

Depois de um ano de muitas polémicas, com a grande crise surgida na sequência do caso João Galamba, que António Costa decidiu manter no Governo, contrariando Marcelo Rebelo de Sousa, a maioria dos portugueses acha que a relação entre primeiro-ministro e Presidente da República tende a deteriorar-se. Apesar disso, 42% dos inquiridos acha que ambas as figuras têm conseguido resolver os seus conflitos.

Marcelo muito interventivo?

Marcelo Rebelo de Sousa será, por certo, um dos Presidentes da República mais interventivos de sempre (se não o mais). Mas a maioria dos portugueses parece concordar com a frequência das intervenções do chefe de Estado.

De resto, se 35% dos inquiridos entende que essas intervenções são suficientes, outros 31% acha que até são insuficientes. Apenas 28% acha que são exageradas, mostrando que a frequência do Presidente da República a intervir não parece ser um problema.

O mesmo se aplica ao conteúdo das suas intervenções. A maioria (36%) dos portugueses entende que são adequadas, enquanto 30% diz serem excessivas.

Ficha técnica

Objetivo do estudo: sondagem de opinião realizada pela Aximage – Comunicação e Imagem Lda. para a CNN Portugal, Media Capital sobre temas da atualidade nacional política, económica e social.

Universo: indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal.

Amostra: amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género (2), grupo etário (4) e região (4). A amostra teve 601 entrevistas efetivas: 524 realizadas em CAWI e 77 realizadas em CATI; 123 entre os 18 e os 34 anos, 153 entre os 35 e os 49 anos, 144 entre os 50 e os 64 anos e 181 para os 65 e mais anos; Norte 200, Centro 133, Sul e Ilhas 75, Área Metropolitana de Lisboa 193.

Técnica: aplicação online – CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) – de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para os indivíduos com 18 ou mais anos; entrevistas telefónicas – metodologia CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing) do mesmo questionário devidamente adaptado ao suporte utilizado, ao sub-universo utilizado pela AXIMAGE nos seus estudos políticos, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 50 e mais anos e outros. O trabalho de campo decorreu entre 2 e 5 de outubro de 2023. Taxa de resposta: 70,00%.

Margem de erro: o erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de + ou - 4,0%.

Responsabilidade do Estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Ana Carla Basílio

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