Sondagem TVI/CNN: esmagadora maioria dos portugueses entende que impostos são excessivos

9 out 2023, 21:19

Também há quem entenda que até são cobrados impostos a menos, mas é apenas uma pequena fatia

A esmagadora maioria dos portugueses entende que os impostos cobrados pelo Estado são excessivos. É essa a conclusão de uma sondagem realizada pela Aximage para a TVI e para a CNN Portugal, e que contou com 601 entrevistas.

Dos inquiridos, 86% entendem que se cobram impostos a mais em Portugal, havendo apenas 11% que dizem que a situação é razoável, enquanto 2% até consideram que os impostos cobrados são insuficientes.

A tendência desce do Norte para o Centro, uma vez que 91% dos entrevistados que vivem no Norte do país entendem que a atual situação fiscal é excessiva. No Sul e nas Ilhas essa percentagem é de 83%.

Peso dos impostos em Portugal, por regiões (DR)

A escolaridade dos entrevistados também marca uma tendência: quanto maior o nível de escolaridade, maior é a perceção de que se cobram impostos a mais.

IRS é o que mais pesa

Entre os diferentes impostos cobrados em Portugal, é aquele que incide sobre o rendimento mensal que parece desagradar mais aos cidadãos. Mais de metade das pessoas inquiridas (51%) entende que o IRS devia ser o primeiro imposto a baixar.

Segue-se o IVA, que 40% da população entende ser a prioridade na redução, enquanto o IRC aparece com apenas 7%.

Também neste ponto existe uma clara diferença entre regiões. O Norte é, por exemplo, a região que mais peso dá a uma descida do IRC, o que se pode explicar por uma maior presença de tecido empresarial, enquanto o Sul e, sobretudo a Área Metropolitana de Lisboa, defendem a descida do IRS. Na zona circundante à capital são mesmo 59% os inquiridos que apontam a descida do IRS como prioridade, enquanto na Área Metropolitana do Porto apenas 46% das pessoas defendem essa hipótese.

Focados na redução de impostos, muitos dos inquiridos não se importam que ela possa surgir pela via da redução de apoios sociais. Com efeito, 61% das pessoas inquiridas defende uma redução de ambos os campos.

Impostos que o Governo devia reduzir por regiões (DR)

Apenas 23% dos entrevistados defende que se mantenham os impostos, mas também os apoios sociais, enquanto 7% entende que se devem aumentar ambos os parâmetros.

Também aqui existe uma aparente simetria regional. 67% dos inquiridos da região Norte entende que se devem reduzir tanto os impostos como os apoios sociais. Uma percentagem que desce para 57% na região Centro, mas que até aumenta para 73% no Sul e nas Ilhas.

Ficha técnica:

Objetivo do estudo: sondagem de opinião realizada pela Aximage – Comunicação e Imagem Lda. para a CNN[1]Portugal, Media Capital sobre temas da atualidade nacional política, económica e social.

Universo: indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal.

Amostra: amostragem por quotas, obtida a partir de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género (2), grupo etário (4) e região (4). A amostra teve 601 entrevistas efetivas: 524 realizadas em CAWI e 77 realizadas em CATI; 123 entre os 18 e os 34 anos, 153 entre os 35 e os 49 anos, 144 entre os 50 e os 64 anos e 181 para os 65 e mais anos; Norte 200, Centro 133, Sul e Ilhas 75, Área Metropolitana de Lisboa 193.

Técnica: aplicação online – CAWI (Computer Assisted Web Interviewing) – de um questionário estruturado a um painel de indivíduos que preenchem as quotas pré-determinadas para os indivíduos com 18 ou mais anos; entrevistas telefónicas – metodologia CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing) do mesmo questionário devidamente adaptado ao suporte utilizado, ao sub-universo utilizado pela AXIMAGE nos seus estudos políticos, com preenchimento das mesmas quotas para os indivíduos com 50 e mais anos e outros. O trabalho de campo decorreu entre 2 e 5 de outubro de 2023. Taxa de resposta: 70,00%.

Margem de erro: o erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de + ou - 4,0%.

Responsabilidade do Estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Ana Carla Basílio

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