Acordo Ortográfico: prazo começa a apertar

tvi24 , PP
28 jun 2010, 08:37
Livros, sonhos Idade Maior

Editores de manuais escolares aguardam ainda orientações do Governo

Os editores de manuais escolares aguardam ainda orientações do Governo sobre a aplicação do novo Acordo Ortográfico nas escolas e alertam que é cada vez mais apertado o prazo para o pôr em prática no ano letivo 2011/2012, escreve a Lusa.

«É claro que, à medida que o tempo passa, há cada vez menos tempo e é cada vez mais apertado o prazo para poder pôr isso em prática nesse ano lectivo», disse esta segunda-feira à Lusa o secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Miguel Freitas da Costa.

Os manuais, frisa, «são preparados com muita antecedência e ainda se aguarda uma decisão do Ministério da Educação»
.

Para Miguel Freitas da Costa, os editores já precisariam nesta altura de saber quais as orientações para começar a preparar os livros com a nova grafia. «Quanto antes melhor. Se pudesse ser hoje era bom», disse.

Os editores preferem que o Acordo Ortográfico seja aplicado de forma faseada, em três anos lectivos, podendo começar pelo 1.º Ciclo, e acreditam que o Ministério da Educação possa optar por esta solução.

«Penso que pode ser essa a ordem, mas de qualquer maneira que não sejam todos de uma vez», o que seria «mais complicado», afirmou.

Miguel Freitas da Costa sublinhou que a aplicação do Acordo Ortográfico implica aparentemente apenas mudanças na grafia, mas os livros têm de ser revistos, «têm de ser preparados», o que implica «um certo trabalho» de adaptação.

«Pode haver alterações até de paginação ou outras por causa da diferente grafia das palavras. Não é uma coisa instantânea», exemplificou.

O Governo ainda não aprovou o vocabulário que será a norma do português europeu com o novo Acordo Ortográfico e a APEL não tem neste momento marcada qualquer reunião com o Ministério da Educação para acertar os pormenores necessários, nomeadamente os prazos para desenvolver o trabalho que lhe compete: colocar no mercado os livros escolares ao abrigo das novas regras.

Recorde-se que a ministra da Educação, Isabel Alçada, remeteu em Fevereiro para o ano lectivo 2011/2012 a aplicação do novo acordo nas escolas.

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