Os EUA dizem ter sido obrigados a realizar "manobras evasivas" na sequência das "ações não profissionais e inseguras" dos pilotos russos
A Força Aérea dos Estados Unidos divulgou imagens que mostram um conjunto de caças russos SU-35 a "provocar" drones norte-americanos MQ-9 Reapers com manobras perigosas durante uma missão na Síria.
As imagens mostram vários momentos de tensão entre as aeronaves dos dois países, entre eles um caça russo a aproximar-se bastante de um drone norte-americano, enquanto um outro caça se posicionou em frente a outro MQ-9 Reaper, colocando o jato do SU-35 em frente às capacidades óticas do drone, impossibilitando assim a visibilidade do piloto do drone.
Em comunicado, a Força Aérea norte-americana denunciou estas ações por considerar que violam "as normas e protocolos estabelecidos" e por obrigarem os drones a realizarem "manobras evasivas".
"Estes eventos representam um novo nível de ação não profissional e insegura das forças aéreas russas que operam na Síria", observa a Força Aérea.
Citado pelo The Guardian, o tenente-general Alex Grynkewich, comandante da 9.ª Força Aérea do Médio Oriente, acusou mesmo as aeronaves russas de "provocarem os drones" norte-americanos que operavam numa missão contra o Estado Islâmico na Síria, sem adiantar pormenores desta operação.
“Instamos as forças russas na Síria a parar com este comportamento imprudente e a respeitar os padrões de comportamento esperados de uma força aérea profissional, para que possamos retomar o nosso foco na derrota do ISIS", declarou.
Já o general Erik Kulla, chefe do Comando Central dos EUA, citado pelo mesmo jornal, advertiu que estas ações "aumentam o risco de escalada ou de erros de cálculo" entre as várias partes envolvidas no conflito.