Sub-21: Portugal-Liechtenstein, 11-0 (crónica)

Vítor Maia , Estádio do Vizela, Vizela
7 out 2021, 22:12

11 golos e um mundo de distância separam as duas seleções

Portugal não teve dó, nem piedade e aplicou a maior goleada da história no escalão de sub-21 frente ao Liechtenstein: 11-0.

A vitória da vice-campeã da Europa de sub-21 era praticamente um dado adquirido. A curiosidade do jogo era saber por quantos a seleção nacional ia vencer. Foi por 11-0, mas os números podiam ser ainda mais impressionantes não fosse um par de defesas de Foser nos dez minutos finais.

A noite quente em Vizela foi uma festa para quem se divertiu: o público, que lotou o estádio, e para os jogadores de Portugal. Por outro lado, o Liechtenstein, um conjunto de miúdos limitadíssimos, teve o brio de disputar cada lance até final e mereceu os aplausos que ouviu a cada substituição. No entanto, revelou-se completamente incapaz de travar o poderio luso.

Um mundo de distância separa Portugal do Liechtenstein. O passeio português começou aos cinco minutos quando Nuno Tavares, lançado por Fábio Silva, quebrar a resistência contrário com um pontapé pelo «buraco da agulha».

Os golos surgiram em catadupa e três minutos depois do 1-0, André Almeida assinou o primeiro golaço da noite. Depois, começou a brilhar Gonçalo Ramos. O avançado do Benfica fez o 3-0 a passe de Fábio Silva aos 12 minutos, o 5-0 num cabeceamento após assistência de Dantas (19m) e chegou ao hat-trick após um primeiro disparo de bicicleta à trave. O póquer era quase que inevitável e chegou aos 39 minutos num pontapé acrobático.

Esta era a noite dos bombardeiros lusos. Se Gonçalo Ramos brilhou com um póquer, Fábio Silva tentou acompanhar o ritmo goleador do colega e chegou ao intervalo com dois golos anotados. O primeiro golo, um toque de classe perante o guarda-redes Foser, permitiu ao avançado do Wolverhampton estrear-se a marcar pelos sub-21 e depois com um golpe de cabeça fez o 9-0.

Pelo meio ainda houve tempo para Fábio Vieira – vê o jogo com poucos – marcar pelo segundo jogo consecutivo nesta fase de qualificação para o Euro 2023.

Rui Jorge aproveitou a segunda parte para resguardar alguns atletas para a visita à Islândia, mas nem por isso Portugal tirou os olhos da baliza adversária. Aliás, essa foi a maior prova de respeito que a seleção portuguesa poderia ter pelo oponente: jogar nos limites e com seriedade.

É verdade que o jogo ofensivo português perdeu qualidade e sobretudo critério na zona intermédia. Ainda assim, houve tempo para um golo de Tiago Tomás de cabeça e para um golo delicioso de Francisco Conceição. O guarda-redes do Liechtenstein brilhou derradeiros dez minutos e impediu que o resultado fosse ainda mais pesado – se é que tal era possível.

Enfim, Portugal acabou o passeio em Vizela com um resultado histórico: a maior goleada de sempre neste escalão.

 

Relacionados

Seleção

Mais Seleção

Patrocinados