«Fizemos o jogo possível», referiu António Oliveira

16 nov 2000, 00:23

Portugal - Israel, 2-1 (reportagem) O seleccionador nacional não revelou qualquer decontentamento pelo desempenho dos jogadores e avisou que «daqui para a frente vamos ser mais fortes física e psicologicamente». Por outro lado, Richard Nielsen referiu que os golos sofridos foram resultado de «desconcentração».

Pela quarta vez na sua história, o Estádio 1º Maio era o palco escolhido para receber mais um jogo da selecção nacional. No entanto, a chama viva em torno desta geração de ouro manteve-se intacta, mas ao nível do público, porque a exibição da turma das quinas deixou algo a desejar, sobretudo nos primeiros 45 minutos. A segunda metade já foi diferente, para melhor e Portugal quebrou o enguiço de nunca ter vencido em Braga. 

No final do jogo, António Oliveira destacou que «a selecção fez o jogo possível. Temos consciência que não fizemos um jogo brilhante», referiu, sustentando que «o objectivo vitória» foi conseguido. 

Para o seleccionador, este jogo serviu para «retirar ilações preciosas quanto ao futuro. Nesta altura dos campeonatos, os jogadores acusam um certo desgaste físico e esse esforço foi visível. Na segunda parte houve um apelo ao sentimento e vontade de vencer. Podíamos ter marcado mais golos, mas também é verdade que podíamos ter sofrido mais». 

Se a exibição não foi o aspecto mais positivo do embate com os israelitas, António Oliveira ficou satisfeito com os sinais que os jogadores deram para o futuro: «Daqui para a frente a Selecção será mais forte física e psicologicamente». 

António Oliveira vai ficar mais um dia pela região Norte, aproveitando para visitar alguns clubes. Para amanhã está agendada a presença nas Aves, de manhã, e Paços de Ferreira, à tarde. 

«Houve falta de concentração», referiu Richard Nielsen 

O seleccionador de Israel, Richard Nielsen, destacou o «bom espectáculo, que proporcionou três golos». Na sua opinião, Portugal praticou «bom futebol, com grande valor», mas revelou nunca ficar satisfeito quando perde um jogo. 

Mais concretamente, e no que diz respeito às oportunidades desperdiçadas, Nielsen referiu que os seus jogadores «não aproveitaram as situações criadas e isso é que estabelece a diferença entre uma boa equipa e uma equipa razoável. Os golos sofridos derivam da falta de concentração e à nossa perda de gás na segunda parte».

 
Os baptismos de João Tomas, Delfim, Cabral e Jorge Silva 

O jogo de hoje proporcionou as estreias absolutas de quatro jogadores pela Selecção «AA» de Portugal. João Tomás, Delfim, Cabral e Jorge Silva tiveram oportunidade de entrar no estrito lote de eleitos portugueses. Por outro lado, Figo chegou ao simbólico número de 70 internacionalizações, igualando João Pinto (ex-FC Porto) e ficando a apenas cinco do máximo alcançado por Vítor Baía. 

Para João Tomás, avançado do Benfica, foi um momento de felicidade jogar pela Selecção Nacional. «Consegui concretizar um sonho. Primeiro desfrutei da convocatória, agora é o momento de gozar este novo momento. De qualquer forma, tenho de começar a concentrar-me no Benfica, pois no próximo sábado jogamos em Guimarães», disse. 

Vip's reuniram-se antes do jogo

A Selecção nacional costuma atrair os mais altos dignitários ligados ao futebol e assim voltou a acontecer em Braga. Alguns vip¿s aproveitaram o jogo no 1º de Maio para, inclusivamente, jantarem juntos num restaurante muito perto do Estádio. 

Valentim Loureiro (presidente da Liga), Luís Duque (presidente da Sporting, SAD), Armando Vara (Ministro do Desporto), João Rodigues (Delegado da UEFA), João Gomes Oliveira (presidente do Braga) e Joaquim Oliveira (dono da Olivedesportos) aproveitaram para confraternizar e, quiçá, debater alguns dos temas mais quentes do futebol nacional.

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