Estatísticas confirmam superioridade da selecção Portugal é a segunda equipa do Europeu com mais remates, a que ganhou mais cantos e das menos faltosas. Os números ajudam a confirmar as evidências da vitória sobre a Inglaterra, que deitaram por terra muitos lugares-comuns sobre as limitações da selecção potuguesa.
ROTERDÃO - O jogo de segunda-feira com a Inglaterra deitou por terra muitos lugares-comuns sobre a selecção portuguesa. E os números ajudam a derrubar outros tantos. Portugal tem, a par com a França, o melhor ataque do Europeu, antes dos jogos de hoje do Grupo D - foram as únicas equipas que marcaram três golos. E é a segunda equipa com maior número de remates, de acordo com as estatísticas oficiais da organização.
Frente à Inglaterra, os jogadores portugueses visaram a baliza por 14 vezes. Só a Itália conta maior número de remates - 19. Para uma equipa com fama de rematar pouco, não está mal. A Inglaterra, que tem como imagem de marca o facto de ser uma equipa muito virada para a baliza adversária, fez exactamente metade dos remates de Portugal.
No que diz respeito aos remates enquadrados com a baliza, a Itália continua a liderar, após o encontro com a Turquia, somando 11 tiros direitos ao alvo. Portugal tem cinco, mas três deles deram golo, o que demonstra uma eficácia impressionante e inesperada.
Apesar dos problemas defensivos evidenciados por Portugal no início do jogo, a Inglaterra é a par da Dinamarca a equipa com menos remates - 7 para cada uma. Mas os ingleses só acertaram três na baliza, dois dos quais resultaram em golo.
Portugal é ainda claramente a equipa com mais cantos conquistados. Foram 11, frente à Inglaterra, que conseguiu apenas 6.
Nessa partida a selecção portuguesa teve 54 por cento da posse de bola, uma percentagem só superada pela Holanda contra a República Checa (59) e pela Alemanha contra a Roménia (55).
Tudo isto sem problemas disciplinares e sem jogar mais duro do que os adversários. Portugal é a terceira equipa com menos faltas cometidas. O «ranking» é liderado pela França, que apenas cometeu nove faltas, seguida da Itália e da turquia, com dez cada uma, e de Portugal, com 11. Bem longe da Bélgica e da Suécia, que fizeram 25 faltas cada uma no jogo inaugural.
