Portugal-Camarões, 5-1 (destaques)

5 mar 2014, 23:11
Portugal-Camarões (Reuters)

Ronaldo a «meio gás» chega para fazer história

A figura: Ronaldo

Mesmo a «meio gás» o comandante da Seleção dá sempre o exemplo. Marcou dois golos e ainda fez «meia assistência», com um remate que motivou defesa incompleta do guarda-redes e consequente recarga de Edinho. O suficiente para dar birlho a uma noite que fica para a história como o dia em que se tornou o melhor marcador da história da equipa das quinas.

O momento:

Foi com o primeiro golo da conta pessoal (e primeiro do jogo), aos 21 minutos, que Cristiano Ronaldo superou os 47 golos de Pauleta e tornou-se o melhor marcador da história da Seleção. O capitão da Seleção recebeu a bola a meio-campo, tocou lateralmente para Moutinho, e depois viu João Pereira, sobre a direita, cruzar atrasado para o seu remate. Estava quebrado o recorde, algo que era apenas uma questão de tempo, como disse Paulo Bento. Um momento histórico no encontro de Leiria.

Outros destaques:


Fábio Coentrão

Para o lateral das Caxinas não há jogos a feijões. Na primeira parte andou «pegado» com Alex Song (contas por resolver da Liga espanhola?) e com Nyom. Distraiu-se no lance do golo dos Camarões, atrasando a subida no terreno, o que deixou Aboubakar em posição legal. Mais tranquilo na etapa complementar, redimiu-se ao apontar o terceiro golo luso.

Raúl Meireles

Primeira parte algo discreta, mas na segunda já apresentando-se a um nível mais elevado. Marca o segundo golo português, aproveitando um erro de Chedjou, e depois faz a abertura para Ronaldo no lance do quarto tento.

Rafa

Estreou-se logo como titular, e pareceu entrar em campo desinibido. Logo aos três minutos esteve perto de marcar, após cruzamento de Meireles, mas o remate saiu à figura de Itandje. Aos 26 minutos apareceu novamente na área para corresponder a um cruzamento, desta feita de Coentrão, mas o desvio foi excessivo, e o remate saiu ao lado. Jogou no vertice mais adiantado do losango, e mostrou-se dinâmico, mas acabou por sair ao intervalo, quando Paulo Bento decidiu recuperar o 4x3x3.

Ivan Cavaleiro

Silvestre Varela já se estava a preparar para entrar quando o jovem extremo do Benfica fez a assistência para o golo de Coentrão, naquela que foi a última ação em campo. Começou mais inibido do que Rafa, o outro estreante, mas acabou por ter mais tempo para mostrar serviço (jogou 68 minutos). Começou como avançado, ao lado de Ronaldo, mas na etapa complementar encostou ao flanco direito, onde pareceu mais confortável. Ofensivamente não se conseguiu libertar, mas mostrou elevada disponibilidade para auxiliar defensivamente, a fechar os flancos, permitindo que Ronaldo ficasse na frente

William Carvalho

Segunda internacionalização, mas estreia a titular. Jogou com a serenidade habitual, assumindo-se como uma importante referência à frente dos centrais. Cometeu um ou outro erro na saída com bola, algo pouco habitual, mas ainda assim notou-se que dá outra liberdade a quem está à sua frente. Continua a ser um fortíssimo candidato à titularidade no Mundial, tendo em conta aquilo que tem feito no Sporting.

Edinho

Entrou ao intervalo e ainda foi substituído a dez minutos do fim, por lesão, mas ainda deu tempo para marcar um golo, aproveitando defesa incompleta de Assembé, a remate de Ronaldo. Soma agora três golos em seis internacionalizações, uma média bem interessante.

Aboubakar

Possante, o jovem avançado do Lorient deu muito trabalho à dupla Neto-Rolando. Começou por deixar dois avisos, com um cabeceamento para defesa de Beto, na sequência de um canto (11m), e depois com um remate por cima, já no interior da área (20m). A dois minutos do descanso marcou mesmo, aproveitando uma distração de Coentrão para fugir ao fora de jogo e igualar o encontro.

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