Segundo satélite português já foi lançado para o Espaço por um foguetão da SpaceX de Elon Musk

Agência Lusa
4 mar, 22:14
Aeros MH-1 lançado pelo Falcon 9, da Space X

O "Aeros MH-1" vai ficar posicionado a 510 quilómetros de altitude da Terra, ligeiramente acima da Estação Espacial Internacional, para observar o oceano Atlântico

Portugal enviou o seu segundo satélite para o espaço, o "Aeros MH-1", a bordo de um foguetão da SpaceX, que descolou esta segunda-feira dos Estados Unidos às 14:05 (22:05 em Portugal Continental).

O "Aeros MH-1", um nanossatélite de 4,5 quilos, seguiu num foguetão Falcon 9, que descolou da base da empresa SpaceX de Vandenberg, no Estado da Califórnia.

O engenho ganhou a designação de "MH-1" numa homenagem a Manuel Heitor, ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que, enquanto esteve em funções, foi um dos impulsionadores do projeto, de acordo com o consórcio nacional que concebeu, construiu e opera o satélite.

O lançamento do "Aeros MH-1", transmitido em direto pela SpaceX, ocorre 30 anos depois do envio do primeiro satélite português, o "PoSat-1", um microssatélite de 50 quilos que entrou na órbita terrestre em setembro de 1993, mas foi desativado ao fim de uma década.

O "Aeros MH-1" irá ficar posicionado a 510 quilómetros de altitude da Terra, ligeiramente acima da Estação Espacial Internacional, para observar em particular o oceano Atlântico.

Junto com o nanossatélite português seguiram no foguetão da SpaceX, empresa do magnata Elon Musk, outros pequenos satélites.

O módulo principal do foguetão, reutilizável, regressou à mesma base poucos minutos depois da descolagem, às 22:12.

As comunicações e a recolha de dados e imagens do "Aeros MH-1", quando estiver operacional, irão ser feitas a partir do teleporto de Santa Maria, nos Açores, mantido pela Thales Edisoft Portugal, empresa que lidera o consórcio nacional.

O centro de engenharia CEiiA, em Matosinhos, um dos parceiros e que construiu o nanossatélite, irá processar os dados e as imagens para efeitos de estudos científicos.

As universidades do Algarve, Porto e Minho, o Instituto Superior Técnico e o Imar - Instituto do Mar, entre outros, dão o suporte científico à missão, à qual se associou também o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla inglesa), nos Estados Unidos, através do programa de cooperação MIT-Portugal.

O nanossatélite, que começou a ser trabalhado em 2020, representa um investimento de 2,78 milhões de euros, cofinanciado em 1,88 milhões de euros pelo Feder – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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