Bolsas afundam e petróleo passa a barreira dos 105 dólares em reação à guerra na Ucrânia

Vítor Costa , - Notícia atualizada às 13:37
24 fev 2022, 10:19
Wall Street

Também o preço do gás natural e da eletricidade regista valorizações acima de 30%. Os futuros do gás no mercado de referência holandês chegaram a subir mais de 40% e o preço da eletricidade para entrega em março aumentava mais de 30%

Os mercados reagiram de imediato à operação militar com as principais bolsas europeias a registarem perdas significativas e o petróleo de referência para a Europa, o Brent, a subir mais de 8%, a ultrapassar os 105 dólares por barril, algo que já não acontecia desde 2014.

Também o preço do gás natural e da eletricidade regista valorizações acima de 30%. Os futuros do gás no mercado de referência holandês chegaram a subir mais de 40% e o preço da eletricidade para entrega em março aumentava mais de 30%.

Em momentos de tensão os investidores afastam-se dos ativos de maior risco e refugiam-se em investimentos menos voláteis. Não é assim de estranhar que as bolsas europeias tenham iniciado a sessão com perdas a rondas os 4% e registam ainda perdas avultadas. Londres, Paris, Frankfurt, Milão e Madrid, todas as bolsas registam perdas acima de 2%. Lisboa não foi exceção e perdia às 13.33 mais de 4,3%. Já o principal índice da bolsa Russa chegou a perder mais de 30% com as empresas de energia como a Rosneft e Gazprom a serem particularmente penalizadas. O rublo também está sob pressão e atingiu um mínimo histórico nos 89,98 por dólar, depois de ter desvalorizado quase 45%.

Na quarta-feira a bolsa de Nova Iorque terminou em baixa com o Dow Jones a descer 1,38% o Nasdaq fechou a desvalorizar 2,57%. Também os mercados asiáticos encerraram as sessões a cair perto de 2% esta madrugada. A perspetiva é que a abertura seja idêntica. 

Com os investidores a fugiram de ativos de maior risco, beneficiam os menos voláteis. A cotação do ouro subia quase dois por cento e registava-se também uma transferência de investimento para os títulos do tesouro das principais economias fazendo descer as respetivas taxas de juro.

Os títulos da dívida portuguesa a 10 anos, por exemplo desciam mais de quatro pontos para 1,098%. Já os mesmos títulos na Alemanha, que servem de referência para a Europa, caiam também mais de quatro pontos para 0,178%.

No mercado cambial, o dólar segue a subir, juntamente com o iene japonês e o franco suíço, moedas que são habitualmente refúgio para os investidores em tempos de incerteza.

 

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