Rio 2016: Jorge Fonseca fala em cansaço e foca-se em Tóquio

11 ago 2016, 17:50
Jorge Fonseca

Após derrota com checo Lukas Krpalek

Jorge Fonseca admitiu que o cansaço foi o que mais pesou na sua derrota na primeira ronda da categoria de -100kg dos Jogos Olímpicos e prometeu trabalhar para poder lutar pelas medalhas em Tóquio 2020.

«Foi o aspeto físico (que pesou mais). Estava a ganhar, estava a conseguir gerir a vitória. Quando faltava um minuto para acabar o combate comecei a sentir um bocado de cansaço, porque ele, por estar a perder, começou a vir para cima. E acabei por perder daquele jeito», explicou o judoca.

O jovem, de 23 anos, saiu do tatami em lágrimas, após a derrota com checo Lukas Krpalek, mas afirmou que não foi uma desilusão perder.

«Foi um parceiro forte, dei-lhe luta, estive a ganhar e depois acabei por perder, mas foi um combate forte», analisou, reconhecendo que o facto de Krpalek ter uma maior envergadura complicou-lhe a missão.

O judoca do Sporting, no entanto, recusou que a altura do adversário tenha sido um problema: «Encarei-o com toda a franqueza, não tinha problemas com o facto de ele ser alto, dei tudo o que tinha para dar e, infelizmente, acabei por perder».

Apesar das lágrimas, Jorge Fonseca lembrou que já esteve situações mais difíceis pela frente.

«A derrota mais dura foi a doença - um tumor na perna esquerda - que tive. A de hoje não, porque trabalhei bastante, dei tudo o que tinha para dar contra um adversário forte. Foi uma derrota difícil, porque foi nos Jogos Olímpicos, que é a maior prova do Mundo. É um evento brutal, onde eu queria dar tudo. Pena o que aconteceu», confessou.

O atleta já pensa nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.

«Fiz o que tinha a fazer, correu mal, mas na próxima vez espero que corra de outra forma. Não vou sair com as lágrimas que saí hoje, porque não é esse o meu objetivo. Não trabalhei para chegar aqui e chorar, trabalhei para sair feliz. Espero que nos próximos Jogos corra melhor», salientou.

Fonseca apontou como objetivos corrigir alguns pontos negativos, para poder chegar aos próximos Jogos Olímpicos e fazer o melhor resultado possível.

«Não quero este lugar em que fiquei, mas para muito mais do que isso. Um terceiro ou primeiro lugar, é esse o meu objetivo, é isso para o que trabalho. Não posso falhar nas pequenas coisas», assumiu.

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