Somam-se as demissões no governo de Boris Johnson

CNN Portugal , Com Lusa
4 fev 2022, 09:14

Depois de, na quinta-feira, ter sido anunciada a demissão de quatro altos funcionários do executivo britânico, esta sexta-feira as renúncias continuam: conselheira de Boris Johnson para a Igualdade também terá deixado o cargo

Já serão cinco as demissões no governo britânico, na sequência do caso das “festas” em Downing Street que alegadamente violaram as restrições durante a pandemia de covid-19, mas também de declarações polémicas feitas pelo próprio primeiro-ministro. Esta sexta-feira de manhã, o editor do site Conservative Home, Paul Goodman, revelou que Elena Narozanski, conselheira de Boris Johnson para a igualdade e extremismo, apresentou a sua demissão. 

 

À agência Reuters, Downing Street recusou comentar a demissão de Narozanski.

Na quinta-feira, quatro altos funcionários do executivo de Johnson já tinham renunciado aos cargos: depois do diretor de comunicação do governo, Jack Doyle, e da conselheira, Munira Mirza, terem pedido a demissão, o chefe de gabinete, Dan Rosenfield, e o secretário particular do primeiro-ministro, Martin Reynolds, também abandonaram as suas funções.

No caso de Rosenfield e Reynolds, o porta-voz do governo disse que Boris Johnson aceitou as renúncias, acrescentando que vão continuar nos seus cargos até serem encontrados substitutos.

Segundo informações divulgadas nas últimas semanas, Rosenfield e Reynolds estiveram envolvidos nas festas organizadas em Downing Street em violação das restrições implementadas devido à pandemia, 12 das quais estão agora a ser investigadas pela polícia.

Reynolds teria convidado 100 pessoas para uma festa em 20 de maio de 2020, pedindo que levassem álcool para “aproveitar o bom tempo”. Johnson admitiu que participou no evento, embora diga que pensou que fosse “para trabalho”.

Mas Mirza, que acompanhava o presidente do Partido Conservador desde o seu tempo como presidente da câmara de Londres, renunciou devido a acusações infundadas que Johnson fez ao líder da oposição, Keir Starmer, sobre a sua alegada inércia quando era diretor do Ministério Público, num claro caso de abuso sexual protagonizado pelo já falecido apresentador de televisão Jimmy Savile.

Na carta de demissão, a conselheira diz a Boris Johnson que acredita que ele estava “errado ao sugerir que Starmer era responsável por permitir que Jimmy Savile escapasse à justiça” e lamenta que não se tenha retratado e desculpado.

Munira Mirza foi considerada uma das pessoas mais próximas do primeiro-ministro, cuja demissão continua a ser exigida pela oposição e dentro do seu próprio partido.

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