Fitch sobe rating de Portugal. É a segunda agência a dar nota ‘A’ ao país

ECO - Parceiro CNN Portugal , Joana Morais Fonseca
29 set 2023, 22:06
Miradouro de São Pedro de Alcântara, Lisboa (Armando Franca/AP)

A agência norte-americana subiu o rating do país para A-. É a segunda agência a rever em alta a notação da dívida portuguesa este ano, depois da DBRS.

Quase um ano depois, a Fitch volta a subir o rating de Portugal, de BBB+ para A-. A agência de notação financeira norte-americana manteve a perspetiva da dívida soberana portuguesa em “estável”. Em comunicado enviado às redações, o ministro das Finanças nota que “Portugal consegue a melhor avaliação de risco da sua dívida pública em 12 anos”.

Em comunicado, a agência norte-americana enaltece o “elevado grau de compromisso” de Portugal em reduzir a dívida pública, prevendo que “permaneça numa tendência descendente acentuada”. Neste contexto, estima que caia para 104,3% do PIB este ano e que alcance os lcance 96,5% do PIB em 2025. “O declínio projetado de mais de 38 pontos percentuais do PIB em relação ao máximo alcançado com a pandemia em 2020 é o maior entre os classificados na categoria ‘A’.”, realça.

Depois do défice de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, a Fitch antecipa agora que a economia portuguesa termine 2023 com “um excedente de 0,5% do PIB”, o que representa “uma revisão substancial” face à projeção de abril, que apontava para um défice de 1,2% do PIB. A agência justifica esta nova revisão com o fim das medidas de apoio relacionadas com a pandemia.

Esta decisão surge depois de, em julho, a DBRS ter melhorado a notação da dívida soberana portuguesa para ‘A’, com perspetiva “estável”. Por sua vez, no início deste mês, a Standard and Poor’s melhorou a perspetiva para a dívida soberana de “estável” para “positiva”, o passo anterior a uma revisão em alta da notação do país.

O rating é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito. A próxima agência a pronunciar-se sobre a dívida soberana do país é a Moody’s, a 17 de novembro.

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