Depois de Nick Kyrgios, agora é o tenista espanhol a dizer que não participa no torneio por causa da pandemia
Rafael Nadal não vai participar este ano no US Open, torneio que conquistou em 2019, por considerar que a «situação sanitária continua muito complicada», devido à pandemia de covid-19.
O jogador maiorquino, de 34 anos, recorreu ao Instagram para justificar a decisão de não marcar presença naquele que será o segundo Grand Slam da temporada, quando habitualmente é o último, depois de Wimbledon ter sido cancelado e de Roland Garros ter sido adiado para setembro.
«Depois de pensar muito, decidi não participar no US Open. A situação sanitária continua muito complicada por todo o mundo, com casos de covid-19 que parecem fora do controlo. Sabemos que o calendário para este final de época, depois de quatro meses sem jogar, é uma barbaridade, mas agradeço os esforços de todas as partes para que os torneios aconteçam», escreveu o tenista, que vencer o ‘major norte-americano em 2010, 2013, 2017 e 2019.
O número dois mundial acrescentou que «não queria tomar esta decisão», mas está a seguir o seu «coração», ficando, desde já, afastada a hipótese de poder igualar o suíço Roger Federer, quarto do ranking da ATP, em conquistas do Grand Slam. O helvético é o mais titulado, com 20, face aos 19 do espanhol.
Antes já o tenista australiano Nick Kyrgios, número 40 do ranking mundial, anunciou que não vai participar no US Open.
«Não jogarei este ano no US Open. Custa-me muito, mas estou a tomar esta decisão pelas pessoas, pelos meus compatriotas, pelos milhares de norte-americanos que perderam a vida, por todos», refere o jogador numa mensagem nas redes sociais.
Nick Kyrgios, que já se tinha retirado do Masters 1000 de Cincinnati, segue os passos da sua compatriota Ashleigh Barty, que também já renunciou ao torneio norte-americano, o primeiro major de ténis da temporada.
«É altura de estar concentrado no que é importante, que é a saúde e a segurança», salientou o tenista, que fez algumas críticas a «jogadores egoístas».
Kyrgios explicou que nesta altura a «classificação mundial ou o dinheiro» não são importantes.
O circuito masculino apenas regressará em 22 de agosto, com a realização do Masters 1000 de Cincinnati, que serve de preparação para o US Open, a ser disputado entre 31 de agosto e 13 de setembro.