Organização do Mundial 2022 pede tempo para resolver problemas laborais

31 mar 2016, 09:00
Estádio Internacional Khalifa (Foto Amnistia Internacional)

Amnistia Internacional expôs problemas laborais através de um relatório intitulado ‘O lado obscuro do desporto rei: Exploração laboral numa sede do Mundial do Qatar 2022’

O comité organizador do Mundial de futebol de 2022, no Qatar, pediu tempo para solucionar os problemas laborais expostos pela Amnistia Internacional (AI), dizendo que a melhoria das condições laborais na construção dos estádios, pedidas pela AI e outras organizações não-governamentais, «não se resolvem num dia».
 
«A nossa prioridade inicialmente foi a segurança e a proteção das construções. Uma vez resolvida uma questão, procurar-se-ão soluções para o resto», disse o secretário-geral do comité Hassan al-Thawadi, em resposta ao relatório da AI intitulado ‘O lado obscuro do desporto rei: Exploração laboral numa sede do Mundial do Qatar 2022’.
 
O responsável pela entidade organizadora acrescentou ainda que depois da segurança e proteção, a prioridade passou pelos dormitórios, uma das críticas da AI, que denuncia a exploração laboral nos trabalhos de construção dos estádios que vão acolher o Campeonato do Mundo de futebol daqui a seis anos.
 
Sobre o confisco dos passaportes por parte dos empregadores, a organização do Mundial justifica que se trata de uma prática que foi entretanto alterada por outra que salvaguarda a integridade dos operários.
 
«O compromisso é claro e orgulha-me que o relatório da Amnistia Internacional reflita que estamos comprometidos com o Sistema de Bem-estar Laboral e em realizar o nosso trabalho [para resolver esta questões] e a dar passos para criar o ambiente de mudanças.»
 
Quanto às condições dos trabalhadores, o comité disse que foi introduzida uma empresa externa que vai levar a cabo uma inspeção em todos os projetos de construção.
 
«Haverá sempre desafios, mas teremos resposta e resolveremos os problemas. Não temos uma varinha mágica, não vamos fazer promessas ocas», acrescentou Hassan al-Thawadi.

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