Deputados do Chega escoltados pela PSP após protestos de manifestantes pela habitação

Agência Lusa | CNN Portugal , Notícia atualizada às 18:13
30 set 2023, 16:14

Foram recebidos com protestos, com várias pessoas a gritar “racistas, fascistas, não passarão”

 Três deputados do Chega foram hoje escoltados pela Polícia de Segurança Pública (PSP) para fora do local onde está a decorrer uma manifestação pela habitação e justiça climática, em Lisboa, após protestos de participantes.

Os deputados Rui Paulo Sousa, Filipe Melo e Jorge Galveias, chegaram à Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, pelas 15:00, e pouco depois foram recebidos com protestos, com várias pessoas a gritar “racistas, fascistas, não passarão”, entre outros.

Os manifestantes juntaram-se em torno dos deputados, o que levou a equipa de intervenção rápida da PSP a rodear os parlamentares, que após alguns minutos acabaram por ser escoltados para fora do local da manifestação.

Inicialmente, o deputado Filipe Melo disse, em declarações aos jornalistas, que a comitiva do Chega não ia abandonar o local da manifestação, “porque as ruas não são da esquerda, são dos portugueses”, mas os parlamentares acabaram por não participar no protesto, e subiram a Alameda D. Afonso Henriques dentro de um ‘cordão’ constituído por vários elementos da PSP.

“Decidimos abandonar a manifestação a pedido das forças de segurança e respeitando o trabalho que estão a fazer, porque caso contrário não o faríamos”, justificou Filipe Melo.

Os manifestantes apuparam os deputados e gritaram para que fossem embora, tendo alguns atirado salpicos de água aos três parlamentares do Chega.

Filipe Melo disse aos jornalistas que os deputados do Chega se tinham juntado à manifestação por entenderem que “a habitação é um direito de todos, não é um direito da extrema-esquerda”.

“Infelizmente, é esta a democracia que estas pessoas tanto apregoam? É que se é isto a democracia, então estamos na democracia errada. Todos têm o direito de se manifestar, seja de esquerda, seja de centro, seja de direita, nós compreendemos as reivindicações deles todos, associamo-nos a essas reivindicações, a essas manifestações, estamos solidários com elas. Agora, não podemos é compactuar com agressões e insultos”, afirmou.

Questionado sobre soluções do partido para o problema do acesso à habitação, o deputado fez referência a uma proposta apresentada pelo Chega que visa “aproveitar os lucros extraordinários da banca para ajudar quem mais necessita, quem tem crédito à habitação e tem dificuldade em pagar”, posicionando-se contra o programa “Mais Habitação”, apresentado pelo Governo.

Também o deputado Rui Paulo Sousa condenou os protestos dos manifestantes contra o Chega: "Estamos num país livre, se eles acham que somos fascistas é um problema que é deles", disse.

Numa primeira reação à CNN Portugal, André Ventura, presidente do Chega, reitera que a manifestação é “controlada pela extrema-esquerda” e fala mesmo em agressões físicas. O porta-voz admite também “diligências parlamentares” e “diligências judiciais”.

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