OE2024: PSD anuncia voto contra proposta do Governo

Agência Lusa , DCT, atualizada às 13:55
17 out 2023, 13:36
Luís Montenegro (José Sena Goulão/Lusa)

A votação na generalidade está marcada para 31 de outubro

O PSD vai votar contra a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2024, anunciou esta terça-feira o presidente do partido, Luís Montenegro.

"Os senhores deputados não vão estranhar que a comissão permanente ontem [segunda-feira] reunida decidiu transmitir ao grupo parlamentar a orientação de voto contra", anunciou Montenegro, no encerramento das jornadas parlamentares do PSD, que decorrem na Assembleia da República e foram centradas no OE2024, com votação na generalidade marcada para 31 de outubro.

Montenegro avisa que estratégia do Governo para contas certas “não é futuro para Portugal”

O presidente do PSD acusou o Governo de alcançar contas certas “à custa do sofrimento das famílias e empresas” e do crescimento da economia, avisando que “esta estratégia não é futuro para Portugal” nem se “aguenta para sempre”.

“Creio que Portugal precisa de alguém, e neste caso do principal partido da oposição que diga que, se o rei não vai nu, vai pelo menos seminu, afirmou Luís Montenegro, no encerramento das jornadas parlamentares do PSD, na Assembleia da República.

Para o líder do PSD, o Governo apresenta contas certas no Orçamento “por impostos altos, definhamento dos serviços públicos e uma conjuntura inflacionista a alimentar os sofres do Estado de forma imoral”, bem como de receitas que não são repetíveis.

“Não nos deixemos levar por aquele canto de sereia que é: temos impostos maiores, serviços públicos que não estão bem, a classe média que os socialistas querem ter em Portugal é pobre mas, pelo menos, temos as contas públicas certas”, apelou.

Montenegro admitiu que é melhor ter estas contas certas “do que uma situação de desequilíbrio ou pré-falência” que considerou ser habitual nos executivos socialistas.

“Mas ter contas certas à custa do sofrimento das famílias, das empresas e à custa do crescimento da economia… Ter contas certas com esta estratégia não é futuro para Portugal, isto não se aguenta para sempre”, alertou.

Por isso, apelou ao grupo parlamentar do PSD que aproveite o debate orçamental para mostrar “onde estão os erros, as omissões, onde faríamos e faremos diferente”.

“Não se esqueçam, o país precisa de um governo não de aparências, mas de um governo de realidades, que dê efetivamente condições de vida às pessoas, consistência de um crescimento económico duradouro e com mais justiça social”, apelou.

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