Primeiro-ministro deslocou-se a Londres para a assinatura de um acordo político global com o Reino Unido
Em Londres para se encontrar com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, António Costa não comenta os muitos problemas que têm surgido nos últimos dias nos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde: "Fora de Portugal não comento questões internas, por muito graves que sejam", disse aos jornalistas.
No entanto Costa garantiu que, apesar de ele estar fora, "o Governo está a trabalhar, há várias reuniões a decorrer no Ministério da Saúde para resolver esses problemas".
A ministra da Saúde Marta Temido reuniu-se esta segunda-feira de emergência com a Autoridade Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo e vai também encontrar-se com a Ordem dos Médicos, depois de vários dias de constrangimentos, ou mesmo encerramentos, nos serviços de urgências de vários hospitais do país. O caso mais grave conhecido aconteceu na noite de quarta-feira, quando uma grávida perdeu o bebé durante uma cesariana de emergência no hospital das Caldas da Rainha.
O Ministério da Saúde admitiu na altura que houve "constrangimentos na escala de ginecologia obstetrícia" que foram "impossíveis de suprir" e que, por isso, a urgência do Centro Hospitalar do Oeste estava "desviada para outros pontos" da rede do Serviço Nacional de Saúde.
Durante o fim de semana e até esta segunda-feira, devido à existência de feriados, há vários serviços de urgência de obstetrícia encerrados ou a funcionar a meio-gás nas grandes cidades. Há problemas nos hospitais de Braga, Setúbal, Santarém, Barreiro-Montijo, Algarve, Garcia de Orta, em Almada, Beatriz Ângelo, em Loures, São Francisco Xavier e Amadora-Sintra.
Os hospitais ressentem-se sobretudo da escassez de médicos nas áreas da Ortopedia, Pediatria e obstetrícia.