Primeiro treino em que Fernando Santos contou com os 23 convocados para o Europeu. António Costa foi visitante ilustre
O Campeonato da Europa arranca já na sexta-feira e portanto, até parece estranho, mas esta segunda-feira foi mesmo o primeiro dia de estágio em que Fernando Santos teve à disposição os 23 jogadores que escolheu para representar Portugal no torneio em França.
Depois de Cristiano Ronaldo e Pepe terem terminado, no domingo, o curto período de férias, esperava-se que fosse aí que os eleitos estivessem, pela primeira vez, todos reunidos no relvado. Mas veio, então o problema com o voo que traria, do norte de Portugal, André Gomes, João Moutinho e Ricardo Carvalho.
O voo, recorde-se, foi cancelado e os jogadores obrigados a viajar de carro, não chegando, então, a tempo do treino que marcava o regresso após folgas.
Só esta segunda, então, estiveram todos reunidos. E aos 23 juntou-se, ainda, uma adição especial: António Costa Primeiro-ministro.
O líder do governo esteve no relvado, falou com os jogadores e, no final, também com os jornalistas. Deu, por exemplo, uma notícia: o estado de Cristiano Ronaldo.
«Ele confortou-me, garantiu-me que está em grande forma, o que no fundo é o que todos queríamos saber. Ele diz que sim, que podemos ter um super-Ronaldo», contou António Costa.
Sobre a prestação de Portugal no torneio, o Primeiro-ministro diz que chegou a hora de vingar 1984 quando, também em França, Portugal ficou a minutos da final.
«A minha geração tem uma dívida desde 1984, desde esse Euro 84 que estamos à espera da desforra do senhor Platini. Esperamos que seja este ano», desejou.
André Gomes antevê uma guerra por um lugar
Naturalmente, o discurso de António Costa foi um momento à parte da normal programação da seleção nacional. A habitual conferência de imprensa diária realizou-se, desta feita com André Gomes, médio do Valência.
Ora, falar no meio campo da seleção nacional é, nesta altura, falar numa intensa luta por um lugar. Não é descabido dizer que qualquer um dos convocados sonha com um lugar no onze, ainda por cima com Fernando Santos a preparar um miolo para quatro homens.
André Gomes é um dos mais fortes candidatos. Contra a Noruega, por exemplo, foi aposta inicial sob a esquerda e admite que pode continuar a jogar aí, já que, na direita, o espaço está destinado a João Mário, tudo indica.
«A nossa seleção junta um pouco de experiência com juventude, há muita irreverência, há muita qualidade e acima de tudo vai ser uma guerra, no bom sentido, todos vamos lutar por uma posição», prometeu.
O jogo com a Estónia, último de preparação para o Europeu, disputa-se na quarta-feira na Luz. Poderá ser um bom indicador para perceber qual a aposta inicial de Fernando Santos para a estreia frente à Islândia, pelo menos.
«Vamos começar o jogo com a Estónia com onze e esperamos acabá-lo também com onze. Vamos testar a nossa seleção de todas as formas. Há que respeitar a Estónia, experimentar um pouco de tudo e esperamos que no Estádio da Luz possamos fazer um bom resultado», rematou André Gomes.
