Taça: Portimonense-Braga, 1-4 (crónica)

Pedro Lemos , Portimão Estádio
25 nov 2023, 17:29
Portimonense-Sp. Braga (LUÍS FORRA/LUSA)

Agora sim: venham os alemães

Houve poupanças, mas a competência manteve-se. Com toda a tranquilidade, o Braga venceu o Portimonense e seguiu em frente na Taça de Portugal.

O esperado aconteceu: com um jogo decisivo para a Liga dos Campeões, na quarta-feira, Artur Jorge deixou várias peças chave deste Braga de fora.

Bruma, Al Murasti e Simon Banza nem na ficha de jogo constaram, apesar de, em abono da verdade, a ausência pouco se ter notado durante largos minutos da primeira parte.

O Braga entrou personalizado, pressionante e dominador. João Moutinho, no meio campo, e Álvaro Djaló na frente de ataque eram os dois jogadores em maior evidência.

Do lado do Portimonense, pouco se via: a diferença de qualidade entre as duas equipas era mais do que evidente, para desespero de Paulo Sérgio no banco de suplentes.  

Daí que o golo bracarense tenha chegado até com alguma naturalidade. E que golo!

A qualidade de Álvaro Djaló já não é desconhecida de ninguém, mas, dúvidas restassem, foram hoje dissipadas: ao minuto 13, o extremo do Braga rematou em arco com a bola a entrar ao ângulo, sem hipóteses para Vinicius que bem se esticou.

Apesar do golo, o Braga não relaxou e continuou a dominar o encontro. O Portimonense só se começou a mostrar lá para o minuto 30… e até podia ter empatado, se tivesse sido mais eficaz.

Jasper, aos 33’, Alemão, aos 45’, e Ronie, aos 45+2’, tiveram boas chances para marcar, mas todas acabaram da mesma forma: com a defesa de Lukas que hoje rendeu Matheus na baliza do Braga.

Os bons indicadores deixados no final do primeiro tempo faziam antever que a etapa complementar pudesse trazer incerteza.

Só que os minutos iniciais mataram logo esse pensamento. Aos 47’, Ricardo Horta aproveitou um passe de Zalazar para rematar à entrada da área. A bola ainda ressaltou num defesa antes de entrar na baliza de Vinicius.

O que já parecia estar decidido ainda mais ficou passados três minutos: o mesmo Ricardo Horta bisou, sentenciando o destino da eliminatória.

Qualquer esboço de reação dos algarvios esfumou-se por completo. O Portimonense até teve uma ou outra boa chance, essencialmente após os 60 minutos, mas até seria o Braga a voltar a marcar, pelos pés do recém entrado Rony Lopes.

Já o Portimonense teve o golo de honra, aos 84', num cabeceamento de Filipe Relvas.

Não houve Bruma, não houve Banza, não houve Al Musrati, mas houve um Braga competente que não se deixou afetar pela proximidade do jogo decisivo para a Liga dos Campeões.

Agora sim, ultrapassado o Portimonense é tempo de pensar no União de Berlim.

Viel Glück (boa sorte), Braga!

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