Declarações de Paulo Sérgio, treinador do Portimonense, na sala de imprensa do Portimão Estádio, após a derrota frente ao Braga por 1-4, na 4ª eliminatória da Taça de Portugal.
[A entrada na segunda parte aniquilou as esperanças do Portimonense?]
Sim… mas já no primeiro tempo permitimos demasiado ao Braga. A entrada em jogo foi muito frouxa, naquilo que falei toda a semana: fomos muitos permissivos. O Braga é muito feliz porque faz um golo de bandeira a abrir o marcador (podíamos ter feito melhor na redução do espaço).
Fomos reagindo e acabámos o primeiro tempo muito bem: tivemos quatro, cinco oportunidades boas para reanimar o jogo e a equipa. Falámos de tudo isso ao intervalo, mas o Braga voltou a ser feliz porque, no segundo golo, o remate sofre um ressalto e trai o guarda-redes. Depois, é uma montanha muito grande.
Assumo totalmente a responsabilidade porque provavelmente usei uma estratégia errada para tentar ser mais competitivo contra este Braga que é muito forte. Quiçá, fui demasiado audaz e tenho eu de aprender com estes erros também.
Os golos, a abrir a segunda parte, foram uma pancada demasiado forte para nós. No segundo tempo, fizemos coisas interessantes com bola, mas tivemos muita dificuldade sempre no momento da perda, algo que me está a desagradar.
[Fazendo um paralelismo com o jogo da Liga, em Braga, em que o Portimonense fez uma grande primeira parte: hoje nem isso vimos…]
Sim. Não entrámos bem no jogo, não encontrámos o espaço de saída. Acho que o Estrela espevitou um pouco o meio campo, o que nos permitiu subir mais as linhas e ter os lances nos últimos 15 minutos no primeiro tempo.
Mas, a entrada na segunda parte… a equipa partiu-se, desligou, o que fez com que alguns jogadores tenham feito um grande jogo e outros um jogo muito mau.
[Com que impressão ficou do Midana que foi hoje lançado?]
Deu boa conta do recado. É isto que é preciso que eles façam: quando têm oportunidade, que correspondam. Fiquei agradado.
[Apesar da derrota, a equipa foi aplaudida no final do jogo]
Só temos de agradecer: baixar a cabeça para concentrar no trabalho porque temos já aí outro jogo, outra história para escrever no fim de semana.