Depois dos três golos frente ao Sporting Os três golos marcados por Mauro ao Sporting, na goleada do Paços de Ferreira na terceira jornada da Superliga, fizeram centrar as atenções do mundo do futebol no extremo.
Os três golos marcados por Mauro ao Sporting, na goleada do Paços de Ferreira (0-4) na terceira jornada da Superliga, fizeram centrar as atenções do mundo do futebol no extremo. O jogador prefere elogiar o colectivo e esperar pacientemente pelo momento em que possa «voar mais alto».
«É bom que o Paços tenha mostrado do que é capaz e o valor que tem», começou por comentar, não querendo alongar-se em cenários hipotéticos de uma possível saída da equipa a curto prazo: «Não quero destacar-me individualmente. Foi um jogo bem conseguido, mas é claro que tenho a ambição de querer chegar mais alto. É no Paços que posso ambicionar chegar a um clube com outras dimensões», reconheceu.
No entanto, Mauro admitiu que o facto de poder sair do Paços não lhe preenche os pensamentos. «Não é uma coisa em que pense todos os dias. Não temos tempo para isso, se estamos empenhados em que o colectivo resulte não sobra muito para pensarmos em nós. Estou tranquilo e a fazer tudo para que possa continuar o mesmo trabalho», disse.
«Os meus desejos continuam secretos»
Na última entrevista que Mauro deu ao Maisfutebol, precisamente antes do jogo em que o Paços foi goleado pelo Sporting na época passada, o extremo afirmou que tinha «desejos secretos» para a sua vida profissional. «É isso mesmo, continua secreto. Tenho trabalhado todas semanas para tentar alcançar esses objectivos», disse.
No defeso, Mauro foi protagonista de uma situação curiosa. Esteve perto de rumar a Setúbal, para representar o Vitória local, mas entre várias indecisões acabou por não sair de Paços de Ferreira. «O passado já lá vai», disse. «Foi uma situação que poderia ter acontecido, mas que resultou em nada», comentou. Certo é que Mauro continua feliz em Paços: «Vivemos um sentido colectivo, em que todos sabem o que devem fazer em campo.»
Mauro tem toda uma carreira construída a pulso. Começou a jogar nos regionais, ao serviço do Almeirim, e passou uma década a alinhar na segunda divisão, apenas intercalado pela temporada de 95/96, em que passou pelo Farense mas sem sequer acabar o campeonato. «Foi um trajecto que me fez chegar ao Paços de Ferreira», disse. Até há pouco tempo, Mauro esteve ligado ao Boavista. «Poderia ter integrado a equipa, mas a passagem pelo Penafiel permitiu-me chegar até aqui. Foi o clube que me deu projecção, agora só quero continuar a trabalhar», pediu.
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