CR7: já podemos chamar-lhe o melhor português de sempre

15 jan 2015, 10:09
Cristiano Ronaldo e Eusébio

Respeito total pelo passado e pela grandeza do King. Mas deve Cristiano Ronaldo ser penalizado pelo que outros não tiveram?

Depois de Thierry Henry, um dos grandes monstros do futebol moderno, recentemente retirado, anunciar ao Mundo, em Zurique, que Cristiano Ronaldo tinha conquistado a terceira Bola de Ouro da carreira – sabe-se agora que sem os cinco votos do selecionador do Gabão, o também português Jorge Costa, que tem todo o direito de entender que Messi foi melhor -, olho respeitosamente para o passado e entendo que, em definitivo, aquele que se quer perpetuar com um dos melhores da história do jogo colocou um ponto final nas dúvidas que podiam existir. É, na verdade, o maior futebolista português de sempre.

Como ele, tenho todo o respeito e admiração pelos feitos e sofrimento vividos pelo senhor Eusébio. Tive o privilégio de ver jogar o King dezenas de vezes e - longe de saber que seria jornalista - de contar e cantar mais tarde muitas das suas proezas a jovens que hoje fazem parte da minha vida. Mas ninguém pode levar-me a mal que entenda, assente em factos, que Cristiano Ronaldo é o melhor português de sempre e que já o não é de agora. Sim, eu sei que os tempos eram outros, que Eusébio jogou muitas vezes «pendurado», que ao material de hoje ele teria chamado um doce, que o efeito do marketing
é muitas vezes capital, que ter jogado no estrangeiro seria determinante. Mas pode CR7 ser penalizado por aquilo que outros não tiveram?

Cristiano Ronaldo conquistou a terceira Bola de Ouro de forma categórica porque foi a grande figura de 2014 - e não me queiram iludir com o que se passou no Mundial. Já tem três troféus e avisou Messi que já está à procura do quarto – tal como tem três Botas de Ouro e já mira a quarta. É também por estes pormaiores que adoro o capitão de Portugal: a sua sede de conquista é insaciável. Uma realidade que deve servir de exemplo e não ser interpretada como arrogância, tal como alguns invejosos defendem.

Falta apenas um cantinho dedicado a esse mito do dirigismo futebolístico, Michel Platini pois claro. Depois de tudo ter feito para influenciar a votação em Neuer (o melhor guarda-redes mundial, sem dúvida) escreveu uma carta toda lamechas ao português. Hipócrita até morrer, digo eu.

PS: Nuno Madureira, Berta Rodrigues, Luís Mateus e Germano Almeida, mais o Luís Sobral, foram meus companheiros em «A Bola»; Sérgio Pereira esteve a meu lado no «Desporto Digital». O prazer de poder compartilhar com eles este espaço é algo de sublime. A minha vida deu mesmo uma grande volta...

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