Everton-FC Porto, 1-1: como jogaram os reforços

3 ago 2014, 18:10
Oliver Torres

Oliver Torres e Ruben Neves voltaram a brilhar, mas Brahimi também marcou pontos

Bruno Martins Indi

Exibição segura na estreia de Dragão ao peito, sendo o único elemento a jogar os 90 minutos. Lopetegui usou-o para testar aquela que poderá, muito bem, ser a linha defensiva do FC Porto para o arranque de temporada e o central internacional holandês deu boa conta de si. Passes certeiros, posicionamento perfeito na defesa subida dos portistas e dois ou três desarmes importantes a mostrar a raça que tornou famosos vários centrais da escola azul e branca.

Ruben Neves

O tempo passa, os jogos seguem-se, Casemiro chega, mas Ruben Neves continua de pedra e cal. Apesar dos 17 anos e do rótulo «a prazo» que parecia ter desde o início, talvez as ideias de Lopetegui passem também pelo miúdo. Ele faz a sua parte. E que bem! Mais uma boa atuação, cotando-se, a par de Oliver, como a melhor unidade portista no primeiro tempo. O segredo é a simplicidade que coloca em cada lance. Jogar simples nem sempre é fácil, mas Ruben Neves tem esse dom.

Evandro

Depois de não ter sido utilizado no jogo com o Saint-Etienne, o brasileiro surgiu no onze titular esta tarde. Foi competente. O que é bom. Processos simples, os mesmos que o elevaram ao estatuto de referência maior do Estoril na época passada. Mais afinado do que Herrera no passe, mas também mais longe da área inglesa. Pode ser uma opção útil a Lopetegui.

Oliver

Magia nos pés, seja no centro ou na ala. Com a variedade de opções para as alas, estranhou-se que o FC Porto tenha adaptado o espanhol para um dos flancos, mas a verdade é que Oliver voltou a convencer. A bola sai sempre redondinha dos seus pés, num encontro em que deambulou pelas duas alas e surgiu também no meio. Voltou a ser dos melhores.

Adrián

Confirmou o que já se previa: não é homem para jogar no centro do ataque de uma equipa que joga mais tempo no meio-campo contrário. Saiu muitas vezes de posição, sobretudo para a esquerda, de onde tirou alguns bons apontamentos, ao nível do cruzamento. Mas se é Adrián a centrar, quem aparece ao meio a empurrar? Um problema para Lopetegui resolver, porque as características são evidentes.

Brahimi

Entrou ao intervalo e mostrou sensivelmente o mesmo do que contra o Saint-Etienne: poder de arranque com bola. É mesmo a sua maior arma. Chegou mais à área contrária do que Evandro e rematou criando perigo. Dos seus pés nasceu a jogada do golo de Jackson. É candidato óbvio à titularidade.

Tello

Ainda não foi desta que convenceu de vez embora continue a mostrar os tais pormenores de qualidade que todos lhe reconhecem. Brilhante a arrancada na área em que deixou dois homens do Everton para trás. Faltou dar-lhe seguimento. O que resume o que tem sido Tello desde que chegou: potencial inatacável, mas falta qualquer coisa. Ainda é cedo, também…

Casemiro

Um par de desarmes importantes, seguidos de lançamentos para o ataque foram a face mais visível do seu jogo. O que é bom para ele, já que Ruben Neves pode dar mais luta do que seria inicialmente previsto.

José Angel

Estreia acidentada. Pouco depois de entrar, o Everton criou dois lances de perigo a partir do seu flanco, o segundo após um erro evidente de abordagem. É dos jogadores que menos vezes trabalhou com o grupo, o que explica parte de nervosismo mostrado.

Daniel Opare

Poucos minutos em campo, depois da estreia frente ao Venlo e da lesão que o limitou entretanto. 

Relacionados

Patrocinados