Autor dos ataques em Nottingham é acusado de três crimes de homicídio. Ministério dos Negócios Estrangeiros averigua se nacionalidade do acusado é portuguesa

Agência Lusa , CNC
16 jun 2023, 16:30

O homem é ainda acusado de três crimes de tentativa de homicídio. O ministro dos Negócios Estrangeiros está em contato com as autoridades britânicas para perceber se, efetivamente, o suspeito tem nacionalidade portuguesa.

Um homem de 31 anos foi hoje acusado de três crimes de homicídio na sequência dos ataques ocorridos em Nottingham na terça-feira, anunciou a polícia da cidade.

O homem também é alvo de três acusações de tentativa de homicídio, devendo comparecer no Tribunal de Nottingham no sábado.

A força policial não adiantou mais informações, nomeadamente sobre a nacionalidade do acusado, que a imprensa europeia avançou como sendo portuguesa.

De acordo com o Daily Telegraph, os pais, originários da Guiné-Bissau, trabalharam na ilha da Madeira e obtiveram a nacionalidade portuguesa. 

O casal ter-se-á mudado mais tarde para o Reino Unido com os três filhos e o suspeito terá obtido o estatuto de residente enquanto cidadão europeu.  

As acusações hoje formalizadas estão relacionadas com a morte dos estudantes da Universidade de Nottingham Barnaby Philip John Webber e Grace Sashi O'Malley-Kumar, ambos de 19 anos, e Ian Robert Coates, de 65 anos, todos esfaqueados na madrugada de terça-feira em Nottingham.

As três acusações de tentativa de homicídio dizem respeito a outras três pessoas vítimas de atropelamento, uma das quais continua hospitalizada em estado grave. 

A chefe de Polícia de Nottinghamshire, Kate Meynell, afirmou que as acusações "são um desenvolvimento significativo e resultam da nossa investigação exaustiva destes incidentes horríveis" na cidade inglesa, a cerca de 200 quilómetros a norte de Londres.

"Estamos bem cientes da profunda emoção que está a ser sentida em torno destes trágicos acontecimentos e do elevado nível de interesse, não só em Nottingham e Nottinghamshire, mas também em todo o país”, referiu, em comunicado.

No entanto, alertou que a "publicação de informações prejudiciais na Internet sobre um processo em curso pode constituir desrespeito pelo tribunal e, nos casos mais graves, pode resultar no fracasso de um julgamento".

Esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, afirmou estar em contacto com as autoridades britânicas.  

"Descobrimos recentemente, esta manhã, que aparentemente o suspeito tem nacionalidade portuguesa. Estamos a investigar o assunto, mas estaremos em estreito contacto com as autoridades britânicas a este respeito”, afirmou aos jornalistas após um encontro com o homólogo britânico, James Cleverly.

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