Como se encerra um dia de festival? alt-J e Dino d'Santiago explicam

8 jul 2022, 03:10

Concertos começaram com meia hora de diferença e em palcos diferentes, mas com a mesma vontade: fechar o festival no alto da animação

00:45. Qual pontualidade britânica, os alt-J sobem ao Palco NOS Alive para fechar com chave d'ouro o segundo dia de concertos do festival à hora marcada, antes mesmo da multidão estar preparada para o que aí vinha. O concerto marca o regresso da banda ao festival onde já tinha atuado em 2013, 2015 e 2017.

Com uma corrida rápida até ao palco, rapidamente o público se colocou a postos para desfrutar do concerto que arrancou com "The Actor" enquanto a pouco e pouco, mais e mais pessoas se juntavam na frente de palco.

Conhecidos pelos espetáculos de luzes, o concerto em Algés não foi exceção, com as cores a pintarem o recinto enquanto a multidão dançava quer os clássicos, como "In Cold Blood", "Matilda" (em que Joe Newman pediu ao público que cantasse com a banda)  e "Taro", quer com as músicas do novo álbum.

Também a música "Left Hand Free", canção feita especialmente para ser um comercial de rádio e que acabou por se tornar num sucesso, o público mostrou-se muito recetivo apesar da timidez, já normal, do vocalista. Num concerto que nunca perdeu o ritmo, o ponto alto aconteceu com a última música do alinhamento, "Breezeblocks", uma das mais conhecidas da multidão que ainda se encontrava no recinto.

Leia também:

Hoje é "dia de Champions" no NOS Alive. Os Quatro e Meia, que afinal são seis, são as "mentes iluminadas" que decidiram atuar de fato

Florence + The Machine trazem amor ao NOS Alive: "Olhem uns para os outros, digam à pessoa ao vosso lado que a amam"

Margarida e Rita eram duas dessas pessoas no meio da multidão e no final do concerto classificaram o mesmo como "incrível".

"Alt-j nunca falha. Foi um ótimo espetáculo de luzes e a melhor parte foi que cantaram os clássicos. Soube a pouco", confessa Margarida, enquanto se dirige para o palco Heineken.

É que ainda há energia para gastar e Dino d'Santiago tem casa cheia e muito funaná para fazer dançar.

"Vamos dançar, NOS Alive"

Foi a primeira vez que Dino d'Santiago subiu ao um palco do NOS Alive e, logo na primeira vez, teve casa cheia, com o público a ficar fora da tenda que abriga o palco Heineken para assistir ao espetáculo que, segundo o artista, é o realizar de um dos seus sonhos profissionais.

É que a vontade de dançar, fosse a morna, o batuque, ou o funaná, era mais que muita e dentro da tenda o espaço era pouco ou nenhum. 

Conversador e interagindo com o público, o cantor e compositor puxou pela multidão, mas também os desafiou à introspeção, como foi o caso da música em que enalteceu a coragem e a resistência das mulheres. De todas as mulheres.

Passando por músicas como "Nova Lisboa", no concerto que antecedeu ao concerto de Bateu Matou (banda que substituiu os "Glass Animals" e que fechou o palco Heineken e o segundo dia de festival) houve ainda tempo para apresentar a canção "Mbappé", lançada horas antes de subir ao palco para "celebrar a nação crioula". 

Esta quinta-feira, pelo festival, passaram também Seasick Steve, Batida com Branko, Fogo Fogo, Pedro Mafama, Rita Vian, Expresso Transatlântico, Herman José, Beatriz Gosta, Sara Correia, Soluna, Amaura e Jüra, entre muitos outros.

O 14.º NOS Alive começou na quarta-feira e estende-se até sábado, dia de atuação de Da Weasel.

Relacionados

Música

Mais Música

Patrocinados